Fake News – Tuíte falso sobre programa Mais Médicos

22/10/2019 14:51

Mesmo com a alta taxa de desistência, 3 editais já foram abertos e as 8,5 mil vagas que ficaram em aberto com a saída dos médicos cubanos foram preenchidas

São enganosas as informações de 1 tuíte publicado em 12 de outubro alegando que 80% das vagas deixadas pelos cubanos no Mais Médicos não foram preenchidas por médicos brasileiros. O programa do governo federal, que chegou a ter 18.337 médicos atuantes em mais de 3,6 mil municípios brasileiros, conta atualmente com 15.003 profissionais.

Desde a saída de Cuba do programa, em novembro de 2018, foram abertos 3 editais para suprir o quadro de vagas em municípios eleitos como prioritários.

O fim da parceria com Cuba deixou cerca de 8,5 mil vagas abertas. O Ministério da Saúde abriu uma 1ª seleção com 8.517 vagas ainda em novembro, que teve 7.120 postos preenchidos e uma 2ª com 1.397 vagas remanescentes em dezembro. De acordo com o governo, após esse segundo edital, todas as vagas deixadas por cubanos foram preenchidas por brasileiros com registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) ou graduados no exterior.

No entanto, conforme apurou o Comprova, a alta rotatividade dos profissionais brasileiros dentro do programa fez com que muitas cidades ficassem sem médicos.

Em maio de 2019, 1 novo edital foi aberto, com 2.149 vagas em 1.130 municípios que ficam em áreas consideradas vulneráveis ou de extrema pobreza, diante das desistências e casos como fim de contratos. Ao G1, o Ministério da Saúde informou que 1.325 profissionais com registro profissional brasileiro se desligaram do programa até o final de maio.

Se levarmos em conta essas 2,1 mil vagas abertas em maio após a desistência de profissionais brasileiros, o percentual correto de vagas não ocupadas por médicos locais seria de 25%, ou seja, 75% dos postos iniciais foram preenchidos e não ficaram “vagos”, como apontado no tuíte.

 

 

 

Veja matéria investigativa e comprobatória na íntegra no site Poder360

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