Curada – Paciente curada de Covid-19 diz: pior sintoma é o medo

30/03/2020 00:27

Primeira paciente curada no DF, desabafou sobre os dias de isolamento, as fortes dores de cabeça, mal estar generalizado mas que, o pior sintoma era o medo

Em tempos de pandemia, uma ótima notícia, é primeira cura de infecção pelo coronavírus no Distrito Federal. Trata-se da advogada Daniela Teixeira que recebeu nesta semana o resultado negativo do segundo exame.

Daniela conta que foi infectada no início do mês, 6 de março, durante a participação na Conferência da Mulher Advogada.” Várias amigas começaram a apresentar os sintomas e tiveram exames dando positivo. Eu fiz o exame, embora não estivesse com sintomas. Ainda tinha facilidade para isso, pois o laboratório onde fiz realizava em casa. Aí deu positivo”.

Advogada ressalta a importância do isolamento durante o processo de cura. Ela destaca que foi muito bem atendida pela secretaria de Saúde do DF e seguiu todas as orientações recebidas. “Seguimos as instruções da secretaria de isolamento total. Ninguém entrava na minha casa. E os quatro que moram aqui em casa, meu marido e dois filhos, ficaram comigo para não disseminar o vírus. Porque se saíssem poderiam levar para outros. Fizeram exames e deram negativo. Ficamos totalmente isolados”.

Daniela apresentou sintomas muito leves de uma gripe. “ Tive dor de cabeça,  mal estar generalizado. Mas nada sério”. Para ela, o medo foi, com certeza, o pior sintoma nessa fase. “Se as pessoas estão com medo de pegar, imagina para quem deu positivo. Qualquer sintoma você fica com medo de evoluir, porque vemos casos de rápida piora. Das minhas colegas infectadas, temos três internadas na UTI.  É um medo constante de contaminar alguém da família e de apresentar sintoma”.

Agora, depois de superada a doença, advogada ressalta a importância de se respeitar a quarentena. “Essa é mensagem que temos que passar. Que a pessoa acredite no vírus. Meu medo de ter passado vírus para minha mãe e minha irmã, que tem problema de coração. Eu peguei o vírus trabalhando, nunca imaginei. É muito importante fazer essa quarentena, que consiga diminuir o contato”.

 

 

 

Da Francine Marquez, do DP com informações Agência Brasil

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