Opinião – Educação resulta em justiça social e igualdade

03/03/2020 00:03

”…é mais que urgente tratar o problema sem paixões e acusações. Sabemos que a tutela ideológica impede o avanço e inibe a criatividade…”

“Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. A frase de Nelson Mandela, símbolo da democracia africana, faz todo o sentido.

Eu resolvi abrir meus comentários para falar desse tema que considero de extrema importância para o desenvolvimento de uma nação, sobretudo para o desenvolvimento econômico. É incrível, mas há quem duvide disso.

A China, comandada pelo Partido Comunista, deixou, há muito tempo, o “fardão” para transformar seus cidadãos em competidores. E, para isso, investiu fortemente em Educação. Hoje, 95% da população é alfabetizada e a tecnologia entrou na sala de aula com o programa de inteligência artificial. A ideia é criar gente capacitada para o mundo digital da indústria, comércio e serviços. Os centros de pesquisas da China, hoje, contam com nomes renomados, disputados por importantes universidades na Europa e nos Estados Unidos e, não por acaso, o país conta com uma dezena de prêmios Nobel. Ora a China, vão dizer que não é um bom exemplo. Tudo bem! Então vamos pegar a Coreia do Sul que, em cinquenta anos, passou de um país dependente da agricultura e da pesca para uma das mais inovadoras potências. Você, certamente, tem um produto sul-coreano em casa ou no bolso. Um investimento maciço em educação fez a diferença.

O governo brasileiro encerra o seu primeiro ano de mandato e a pasta da educação ainda faz os seus ajustes. E parece que isso irá se estender ao longo do próximo ano. Ao mesmo tempo, leio que a Grade Nacional Comum Curricular, um trabalho de vários anos, que pretende unificar o ensino, criando condições de igualdade em todas as regiões, depende de vários fatores para entrar em prática, inclusive financeiros. O analfabetismo brasileiro e não é exclusivo deste ou daquele governo. Ele é histórico e apresenta números alarmantes. 15 milhões de pessoas não sabem ler e escrever. São quatro países com a população do Uruguai. Portanto, é mais que urgente tratar o problema sem paixões e acusações. Sabemos que a tutela ideológica impede o avanço e inibe a criatividade tão necessários no universo educacional. A Educação resulta em justiça social e igualdade. É com educação que as pessoas tomam decisões e definem estratégias. Vale para todos os setores. O que resulta, por exemplo, uma ação policial sem estratégia. Será que inocentes vão acabar morrendo? Uso esse exemplo para retomar a frase de Mandela, que fala de uma arma para mudar o mundo: a educação.

 

 

 

 

Por Willian Correia é correspondente do Diário do Poder nos Estados Unidos.

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