Opinião – Professor Pardal e seus novos alunos

17/04/2020 00:33

”Não sei se ele, Merval Pereira, é espírita. A conferir em 2020, se Bolsonaro for candidato”

Em outubro de 2019 foi publicado nesse espaço democrático, artigo de minha autoria com o título: O Vaidoso Professor Pardal, do qual, repito aqui, o seguinte trecho: “Presidente do Brasil por oito anos, de 1995 a 2002, agora com 88 anos, continua recebendo da mídia, ampla divulgação das suas declarações, sejam quais forem os temas por ele abordado. Talvez queira acrescentar aos seus inúmeros títulos o de professor pardal, expelindo perolas como o conselho dado ao Juiz Sérgio Moro, se eu estivesse lá me demitiria

Há poucos dias, deu uma entrevista ao UOL, digna de hum imortal da Academia Brasileira de Letras, na qual disse: “Eu sempre fui muito cuidadoso em matérias de tirar quem teve o voto. É uma situação delicada. Eu acho no caso atual, não é de se buscar motivos para criminalizar. Eu não sei se ele ouve as pessoas, se ele tem essa abertura. Eu sou institucional, enquanto ele for presidente ele é o presidente. E se sair tem que a ver o vice. Não sei se já chegou o momento para isso. Importante seria que o Bolsonaro entendesse o papel dele e acalmasse o povo”. Entenderam? Ele é mestre de ficar em cima do muro. Acalmar que povo? Os esquerdistas declarados, os enrustidos como ele, os que durante mais de uma década produziram uma corrupção endêmica no País, apoiados pelos comunistas, nacionais e internacionais, como os de Cuba, da Venezuela e da Bolívia, apenas para citar alguns até hoje com seus ditadores “presidindo”?

Sua Excelência se afoga no seu poço de vaidades. É de se reconhecer que ele é culto e charmoso, mas já deveria ter se recolhido ao túnel da história, carregando o ônus de ter começado o MENSALÃO, segundo dizem seus inimigos políticos, para dobrar o seu mandato. O tempo é um implacável Juiz.

Passo agora para um aluno aplicado, também como ele, membro da Academia Brasileira de Letras, jornalista consagrado e admirado. Olha o que o Merval Pereira, o aluno, acaba de publicar na sua coluna, do dia 11 do corrente mês de abril, sábado de aleluia, em plena SEMANA SANTA, com crise da Pandemia do coronavírus 19: “Bolsonaro, nosso Jim Jones tupiniquim, será o PT da próxima eleição”. Certamente para atender aos desejos da Rede Globo e aos do jornal da sua coluna, O GLOBO, agora como mensageiro espiritual, concorrente do inesquecível médium Chico Xavier. Não sei se ele, Merval Pereira, é espírita. A conferir em 2020, se Bolsonaro for candidato.

O Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, o professor pardal, o sabe tudo, fundador do PSDB, partido que amarga seguidas derrotas, poderia aconselhar os seus correligionários parlamentares, deputados federais e senadores, a apoiarem as medidas que estão sendo discutidas, democraticamente, no Congresso Nacional, contribuindo com o avanço da política no Brasil, sem o toma lá da cá.

Hoje, dia 12, mais uma pérola do professor, com direito a foto. Outro aluno, colunista do jornal O GLOBO, Lauro Jardim, escreve: “Para FHC, faltam dois ingredientes para o impeachment”. Campanha sórdida contra o Presidente Jair Messias Bolsonaro.

 

 

 

Por Jorge Motta é jornalista, diretor e fundador do Diário do Poder, subscreve a Coluna Cláudio Humberto. Jornalista, ex-Correio Braziliense, GDF, Senado e campanhas eleitorais

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