Análise – Os interesses dos grandes laboratórios contra a hidroxicloroquina

26/05/2020 13:02

O que está por trás da profunda resistência dos governos do Brasil e do mundo, sobre o ‘estancar’ de baixo custo da pandemia do Covid-19 com a Cloroquina

Na luta contra a pandemia do vírus chinês estamos presenciando um verdadeiro crime contra a humanidade. Trata-se da ocultação e desmoralização do tratamento com o Protocolo de Marselha, que usa a já famosa hidroxicloroquina, e que realmente funciona, especialmente se aplicado no início dos sintomas.

Uma das razões para essa resistência é ideológica. A pandemia ofereceu uma oportunidade ímpar para conter o avanço rápido do conservadorismo no mundo, depois dos progressistas terem passado do ponto e angariado o desprezo da sociedade. Uma crise econômica aliada à implementação de medidas de restrição de liberdade é o sonho mais caro já sonhado pelos revolucionários. E está acontecendo. Portanto qualquer porta de saída desse pesadelo distópico tem que ser rapidamente fechada. Isso inclui tratamentos que funcionem imediatamente e análises que não preguem o apocalipse.

Medidas de restrição de liberdade como o fechamento de lojas e a diretriz para que as pessoas não saiam de casa, com ações como fechamento de ruas para prejudicar o fluxo, são absurdos que jamais seriam tolerados não fosse o pânico insistentemente propagado pela mídia. Até monitoramento de celulares, ao melhor estilo chinês de controle social, foi efetuado em São Paulo. Stalin, Hitler e Mao estariam comemorando juntos tal feito, fazendo um brinde a cada denúncia voluntária de desacato à quarentena. E existem serviços especialmente dedicados aos dedos-duros.

Mas existe outro aspecto particularmente mesquinho nesse processo. O interesse econômico. Que usualmente anda de braços dados com as ações socialistas apesar de parecer um paradoxo. Quanto menos liberdade, menos competição e quanto mais regras mas difícil a sobrevivência dos pequenos. Tudo isso é conquistado com corrupção e favores de toda sorte correndo entre mega-empresários e políticos. Neste caso não é diferente.

A grande mídia, com ênfase na Rede Globo, vem fazendo uma campanha feroz contra a hidroxicloroquina. Aqui estão alguns exemplos.

Mas vou me ater a uma entrevista que me chamou à atenção por sua ênfase. Nesta o médico Mauro Schechter, anunciado pelo Globo como “um dos maiores infectologistas do país”, conta como sobreviveu ao vírus. E nessa narrativa ele desmoraliza completamente o tratamento usando frases como:

Os médicos desconhecem o processo [da pesquisa clínica] e são mal preparados. E isso não é só o brasileiro. É a formação médica em geral, que não nos permite compreender como se mostra que uma droga é eficaz.

Acho esse tipo de declaração no mínimo discutível e um seleto grupo de cientistas discorda do infectologista, como este que enviou uma carta ao Presidente da República solicitando a formalização e utilização do tratamento de forma precoce.

Esta carta foi assinada por cientistas brasileiros e médicos que juntos tem mais de 56 mil citações em artigos científicos. Parece-me que a opinião do ilustre infectologista possa estar algo equivocada.

O texto completo da carta pode ser lido aqui: https://brasilsemmedo.com/carta-aberta-ao-presidente-da-republica/

Obs: Há quem desmereça a carta por ter sido publicada fora da “grande mídia”, no jornal Brasil Sem Medo. Mas é justamente esse o X da questão. A grande mídia faz campanha e não jornalismo e jamais publicaria uma carta com esse peso. O Brasil Sem Medo, aliás, faz jornalismo da melhor qualidade e o recomendo com vigor.

Indo contra todos os relatos médicos que conheço, o infectologista segue no ataque, dizendo a frase que virou manchete.

Quando a pessoa que me acompanhava perguntou se eu queria tomar cloroquina, respondi: “você me respeite”. Era um médico que me conhece bem. Ele perguntou meio rindo, meio sério.

Ora, o próprio secretário de saúde de São Paulo confessou ter usado o tratamento, e da mesma forma procedeu o cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Roberto Kalil Filho. Seriam esses nomes indignos de respeito?

Eu não pretendo fazer aqui nenhum juízo de valor sobre as declarações do Dr. Schechter pois não posso me expor a processos judiciais. Todavia posso apresentar fatos públicos e o farei aqui começando pela sua declaração ao fim da entrevista.

O senhor deposita esperança em algum medicamento experimental para Covid-19?

A única droga a qual realmente se acredita na comunidade científica internacional que possa ter algum impacto antiviral contra a Covid-19 é o remdesivir, e mesmo assim o otimismo não é enorme. Vale a pena testar. É uma droga desenvolvida para ebola, que não é isenta de efeitos colaterais, mas tem uma chance. Os estudos estão andando.

Aqui ele cautelosamente declara ser o Remdesivir a única droga que possa ter algum efeito contra o vírus chinês. Esta droga está ainda em estudos e não sei quanto tempo vai levar até que seja liberada para uso. Mas imaginemos que a hidroxicloroquina não fosse usada e a mortalidade fosse muito maior do que é verificado hoje. Como seria a reação mundial à chegada de um medicamento como o aval de “notáveis” do mundo acadêmico? Provavelmente algo como a chegada de um milagre.

Aqui vale citarmos que o tratamento completo com hidroxicloroquina, azitromicina e sulfato de zinco custa aproximadamente cinco reais por paciente. Quanto custaria o Remdesivir? Para que tenhamos uma referência o Tamiflu, remédio já no mercado há anos, custa 10 reais por comprimido na menor dosagem. Estamos falando de alguns bilhões de reais.

Esse medicamento está sendo desenvolvido pela Gilead Sciences Inc, gigante do ramo médico e farmacêutico. Na página principal da companhia estão as notícias sobre a aprovação do uso do Remdesivir no Japão e nos EUA.

O interesse financeiro de uma empresa como a Gilead na desmoralização de um tratamento que não só é barato como é muito efetivo é enorme, por óbvio. Eu não tenho recursos para investigar que relações os braços dessa corporação poderiam ter com entidades da mídia como o grupo Globo ou com seus jornalistas mas seguindo no caso da entrevista em foco, posso fornecer mais uma informação eventualmente pertinente.

A Gilead em colaboração com a BHIVA (British HIV Association), forneceu nos últimos anos diversas bolsas de intercâmbio entre Brasil e Reino Unido. Em seu site consta que o Dr. Schechter teria sido o escolhido para a bolsa em 2013. Isso não foi citado na entrevista, infelizmente.

Numa rápida pesquisa sobre a outra vencedora da bolsa da BHIVA em 2014, a Dra. Ana Beatriz Sampaio, percebe-se similar desprezo pela cloroquina, conforme entrevista no site UOL.

Nesta entrevista o entrevistador cita estudo da Fiocruz, fundação que lamentavelmente participou do experimento assassino ocorrido no Amazonas, onde 11 idosos faleceram após pesquisadores haverem ministrado neles cloroquina em dosagens até 5 vezes superior às utilizadas no combate ao vírus chinês. Com o agravante de terem usado a cloroquina, medicamento mais antigo, ao invés da hidroxicloroquina, que é muito mais leve para o organismo. E ela indica com boas esperanças mais uma droga, o lopinavir/ritonavir, que é vendido como Kaletra (entre outros, imagino).

O Kaletra por sua vez é produzido pela Abbvie, uma multinacional saída da Abbott em 2013 e concorrente da Gilead Science.

Os interesses econômicos dessas corporações é gigantesco assim como sua força de atuação e influência.

Repito aqui que não estou presumindo a existência de interesses econômicos específicos e nem supondo qualquer má-fé por parte dos médicos citados. Estou me restringindo a exibir dados públicos e entrevistas que igualmente podem ser encontradas online.

Cabe ao leitor concluir o que achar adequado.

 

Fontes: www.bhiva.org   oglobo.globo.com    www.abbvie.com    www.uol.com

 

 

 

Por Eduardo Vieira, professor, cientista e inventor

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