30/11/2020 16:49
Conservadorismo reflete machismo
Direita conservadora influencia
Mulheres de Direita são passivas
Essa corrente precisa ser quebrada
As eleições municipais e suplementares para o senado Federal, chegaram ao fim. Mas, a ótica sobre um vazio, mais uma vez deixado, fica sobre a ala feminina das mulheres e sua participação na política.
Temos atualmente a deputada Janaína Riva (MDB), uma figura que foi, assim como uma espada da antiga Valíria, forjada em fogo intenso e contínuo, ganhando assim resistência sob constantes sabatinas do então legado do seu pai, um dos grandes nomes da política estadual, o qual não convém mais dizer se do bem ou do mau, pois cada um tem a sua verdade sobre seus feitos.
Janaína foi insanamente persistente em suas metas, objetivos políticos, crenças ideológicas e perspicaz nas alianças. Sem dúvida, independente do seu mentor, os méritos são dados à ela nos dias de hoje, mesmo por aqueles que outrora julgavam ou sequer acreditavam que alçaria voos de cruzeiro – exerce seu segundo mandato, ambos com expressiva votação.
Gisela Simona (Pros), esse exemplo bem mais ”fresco”, levantou uma bandeira no último pleito municipal que, apesar de pontos ressaltados por alguns (servidora efetiva e negra) não deveria ser o foco. Afinal, o foco é o povo. O todo. O macro.
Teve uma expressiva participação mas, amargou o 3º lugar no 1º turno e cometeu seu maior erro como principiante na estrada de limbo da política – deixou a ganancia falar mais alto que a ambição.
Sua neutralidade no 2º turno, traria uma envergadura para ela e tantas outras mulheres que deveriam se apresentar, mostrar seu potencial, arregaçar as mangas além de gritos de ”empoderamento”, saindo do figurantismo e partindo para o protagonismo civil e consequentemente político. Porém, Gisela pode ter cometido um grave erro além do próprio: enterrar forças femininas, visivelmente abaladas com a sua postura no pleito.
Tomara que tais forças femininas, surjam mais adiante como fênix!
Agora, a grande figura feminina atualmente do nosso cenário político, é sem dúvida a 1ª Dama, Marcia Pinheiro. Apesar dos pesares.
Pesares esses que, consideremos o ‘anonimato’, a discrição ou pouca visibilidade de suas ações, inexploradas como merecidas nos quatro anos que já se encerram.
Em meio as ‘ondas’ que inundam o nosso país e sua diversidade em campos opostos, especialmente na política, tivemos aqui a ”onda verde”, mas não tivemos a onda da Marcia Pinheiro que, assim como tantas outras que carregam tal ‘título’, se limitam em ações filantrópicas e periódicas de datas festivas.
Muitos sabem o potencial dessa mulher chamada Marcia Pinheiro. Poucos se arriscariam expor essa real para ela, tampouco para o prefeito, se é que ele viesse aceitar ou mesmo concordar.
Mesmo considerando que a 1ª Dama foi crucial na sua mobilização em reta final de campanha com as mulheres entre outras classes, Marcia Pinheiro deveria desde o início da gestão, mostrar que é muito mais do que mãe, do que esposa, do que uma ”1ª Dama”, onde nas aparições públicas, está quase sempre atrás do gestor, encarregada de ações humanitárias, beneficentes e datas comemorativas.
Marcia Pinheiro deve, não somente ser explorada, mas se explorar, com o apoio inquestionável do seu parceiro, então prefeito, Emanuel Pinheiro, o qual disse que pretende ”oxigenar” a sua gestão. Se tem uma oxigenação a ser dada para a continuidade, maior evidência à Marcia é uma delas.
Marcia Pinheiro tem mais uma vez, a chance de fazer além de ”parte da história”, mas fazer a sua própria história, como mulher na política, quebrando a bolha do protocolo faraônico, obsoleto, sem charme algum do título de 1ª Dama, podendo assim, inspirar outras que virão a terem igual postura e beneficiar ainda mais a população, incentivando a igualdade na esfera ainda hoje, predominantemente dominada por homens.
Marcia Pinheiro é, para quem ainda não notou, ‘A’ diferença entre o brilho de uma obra e a luz de uma gestão.
Então, sra Márcia Pinheiro, deixe o ‘brilho das obras’ com o prefeito. Se permita e deixe sua luz enobrecer e cortar como uma lâmina, o caminho de mais uma jornada que, ao que tudo indica, será ainda mais longa.