18/11/2021 09:46
”E agora nós, contribuintes, é que estamos pagando essa conta. E aqueles que ficaram sem renda pagam mais ainda”
Eu mediei debates sobre a Amazônia no Instituto General Villas Bôas e aprendi muita coisa que eu quero transmitir para vocês. Por exemplo, em 120 pontos do Brasil, parte da floresta amazônica e da Mata Atlântica que desapareceu estão sendo regeneradas. Estão plantando árvores originais e também apostando na chamada bioeconomia.
No Amazonas, plantaram mais castanha, açaí, cacau, cupuaçu, óleo de palma, dendê e andiroba, e tudo com alta tecnologia. O Pará já tem mais cacau e dendê que a Bahia. Do açaí aproveita-se tudo: o caroço produz energia, o pó do caroço vira tijolos, e dentro do caroço ainda tem um açúcar altamente refinado.
Há ainda um programa que detecta sons de animais e de motosserras e um sistema de informação de biodiversidade que é o maior do mundo. Estão sendo feitos monitoramentos em 34 sítios ecológicos. Há 50 laboratórios flutuantes. São centenas de pesquisadores formando cientistas e produzindo pesquisa, conhecimento e desenvolvimento nas cadeias da biodiversidade, criando uma civilização florestal moderna.
Uma bioeconomia que vai beneficiar 25 milhões de amazônidas e o próprio Brasil, produzindo pesquisa e aumentando o nosso conhecimento científico sobre a biociência que lá está. Seja na produção de remédio e cosméticos. E ainda fechamos acordos confidenciais para que não aconteça o que aconteceu com a seringueira, que os ingleses levaram e nossa borracha perdeu relevância porque na Malásia e Singapura plantaram com produtividade e aqui não.
Participam desses debates o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes; o secretário de Pesquisa e Formação Científica do ministério, Marcelo Morales; e o presidente da BioTec-Amazônia, que já foi reitor da Universidade Federal do Pará, José Seixas Lourenço.
Fica aqui o registro para derrubarmos esses mitos que contam por aí. Houve muita fake news sobre a Amazônia nessa Cúpula do Clima (COP26) em Glasgow, na Escócia.
Inclusive, nesta quarta-feira (17), eu almocei com um acreano, que me contou que o pai dele, no final de abril derrubava a mata para fazer roça e tinha que esperar até outubro para que a mata secasse para tacar fogo. Pode pegar fogo no capim seco que está embaixo, mas não atinge a árvore, jamais. Então é mais uma lenda que andou se divulgando por aí para dizer que o presidente Bolsonaro estava mentindo em Dubai.
Auxílio Brasil e PEC dos precatórios
Por falar nisso, o maior sucesso esse circuito de Bolsonaro pelo Oriente Médio. No Catar, ele inclusive liderou uma motociata no dia em que o Auxílio Brasil aumentou em 17% e começou a pagar uma média de R$ 217, por pessoa.
Só que para aumentar para R$ 400, precisa esperar pelo Senado. Aquela PEC dos precatórios está lá no Senado. E na Câmara teve 170 deputados, todos do PT, PSOL, PCdoB, do Novo, que votaram contra a possibilidade de os mais necessitados do país terem um aumento no auxílio.
Essa situação de necessidade foi provocado pela campanha do “fica em casa”, “acabe com sua renda”, “tranque a sua loja”, “acabe com sua indústria”. E agora nós, contribuintes, é que estamos pagando essa conta. E aqueles que ficaram sem renda pagam mais ainda.
Por Alexandre Garcia é jornalista e comentarista político em nas plataformas da Jovem Pan News e colunista na Gazeta do Povo