Por que tanta gente continua aceitando como um rebanho bovino a imposição de substâncias que não impedem nem o contágio, nem formas graves da doença? Questiona Guilherme Fiuza
14/04/2022 06:16
”Carne sintética é uma boa. Não fará mal nenhum ao seu espírito de plástico”
Bill Gates disse que por causa das mudanças climáticas todos terão de consumir carne sintética. Se o Bill disse é verdade. Um sujeito que pregou a inoculação da humanidade com substâncias inconclusas – e triunfou – não está de brincadeira. O Bill não vai sossegar enquanto não tomar conta de tudo que corre nas suas veias – por inoculação ou ingestão.
Então fique atento ao Bill. É ele quem vai te dizer o que você pode fazer, onde você pode andar, o que você não pode deixar de tomar. Ele e os amigos bilionários dele, essa gente sensível que Mamãe Farma pariu, ou que pariu Mamãe Farma – nunca se sabe quem veio primeiro: a galinha dos ovos de ouro ou os ovos de ouro da galinha.
Eles são do bem. Têm muitas ONGs e fundações – com dinheiro que não acaba mais para fazer bem a médicos, cientistas, juízes, deputados, jornalistas, checadores, governadores, prefeitos, autoridades regulatórias, associações de classe, sites, blogs, canais, celebridades, palestrantes, eventos, festivais e tudo na face da Terra que possa ser regado e cultivado com a generosidade do Bill e seus parceiros de bondade.
Fique em casa porque você está desequilibrando o clima do planeta. Claro que você vai ficar. Afinal você é uma pessoa ética, consciente e empática, que pensa na sua coletividade e na saúde do seu ambiente. No seu cativeiro existencial, que é para o bem de todos e te encherá de orgulho, você vai comer as coisas que o Bill te vender. Você vai comprá-las de peito estufado pelo iFood e vai postar o seu ato cívico-gastronômico no Instagram, o que vai te tornar uma pessoa melhor perante as outras vaquinhas conscientes desse presépio feliz e bem provido pelos Big-Big-Farma-Tech-Peace&Love.
Que bom que terminou tudo bem. Todas as dúvidas desapareceram. Você sempre quis alguém para te explicar o sentido da vida e te dizer que direção tomar no seu caminho errático sobre a Terra. Está aí. Tudo resolvido. Final feliz. É só prestar atenção na televisão, que antigamente era um lugar confuso com um monte de notícia misturada e hoje é um lugar organizadinho, que traz a mensagem límpida da turma do Bill para você – e aí ninguém fica em dúvida, porque se vem tudo igualzinho em vários canais é porque as certezas venceram.
Por que não está todo mundo falando sobre a multidão de casos de pessoas que tomaram a picadinha mágica e caíram duras? Por que não transborda da tela da televisão a perplexidade com a falta de investigação dessa multidão de casos – que nem é sutil, porque envolve também atletas profissionais que já colapsaram às centenas diante das câmeras, num fenômeno gritante e não explicado?
Por que tanta gente continua aceitando como um rebanho bovino um “passaporte” vacinal como condição para a vida em sociedade, tendo esse “passaporte” já sido suspenso em diversos países? Estaríamos agora numa pandemia regional?
Por que tanta gente continua aceitando como um rebanho bovino a imposição de substâncias que não impedem nem o contágio, nem formas graves da doença? Por que, apesar do amplo registro de internações e óbitos entre pessoas totalmente vacinadas, afirmar que as vacinas de covid não impedem formas graves da doença continua sendo pecado e motivo de perseguição?
É simples: porque quem fala a verdade é o Bill. Porque o que sai da tela da TV (com raras exceções) e nunca é censurado na internet é a mensagem da turma do Bill. E a turma do Bill é genial, porque a partir de um determinado nível de generosidade todo mundo vira gênio absoluto.
Carne sintética é uma boa. Não fará mal nenhum ao seu espírito de plástico.
Por Guilherme Fiuza, é jornalista e escritor com mais de 200 mil livros vendidos – entre eles: “Meu nome não é Johnny”, “3.000 dias no bunker” (ambos adaptados para o cinema), “O Império do Oprimido” e “Manual do Covarde”, Guilherme Fiuza trabalha para veículos como Jovem Pan, Gazeta do Povo e Revista Oeste. Seus canais no YouTube, Twitter e Instagram somam mais de 1 milhão de seguidores. Seu sonho é parar de falar de política – assim que a política permitir