Abafa Amazônia 2022 – Governo lança operação de combate a queimadas ilegais

Operação Abafa Amazônia 2022 busca fiscalizar propriedades privadas contra o uso não autorizado do fogo durante o período proibitivo de queimada, além de combater demais crimes ambientais.

04/10/2022 12:07

O evento que soma forças com SEMA-MT, SESP-MT e Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), ocorreu na manha de hoje, terça-feira 04.10 as 09h

Em entrevista à CNN, Mauro Mendes citou que Mato Grosso pode ampliar a produção de alimento sem derrubar nenhuma árvore. Foto: Assessoria/Secom-MT

O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), lançaram na manhã desta terça-feira (04.10) a Operação Abafa Amazônia 2022, no Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) do Corpo de Bombeiros.

A primeira edição deste ano acontece no norte do Estado, com o objetivo de fiscalizar propriedades privadas contra o uso não autorizado do fogo durante o período proibitivo de queimadas, bem como demais crimes ambientais. Outras duas ações estão previstas para até o final de 2022.

“O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso já fiscaliza, durante o ano todo, propriedades privadas, com apoio da Polícia Militar, em ciclos operacionais de 10 dias. Agora no final do ano a operação acontece de forma integrada com outras agências, o que nos assegura uma maior eficiência em relação às multas aplicadas contra o uso irregular do fogo”, explica a comandante do BEA, tenente-coronel Jusciery Rodrigues Marques.

Comandada pelo Corpo de Bombeiros, a operação conta com a participação da Sema, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública.

R$ 287 milhões em multas

O Corpo de Bombeiros estima que R$ 287 milhões em multas já tenham sido aplicadas por uso irregular do fogo desde o início de 2022. O período proibitivo segue vigente até 31 de outubro, com restrições para o uso do fogo em áreas rurais para limpeza e manejo durante esses meses, levando em consideração o risco de incêndios florestais. Em áreas urbanas, o uso do fogo é proibido durante todo o ano.

SUSTENTABILIDADE

Na ocasião, o governador Mauro Mendes aproveitou a oportunidade para destacar as ações do Estado para preservar a Amazônia, não somente pela consciência ambiental, mas para garantir o volume de produção de alimentos de Mato Grosso, que é a região que mais produz no planeta.

”Preservar a floresta é garantir as nossas safras” – disse Mauro Mendes

Em entrevista à CNN, na manhã desta terça-feira (04.10), o gestor citou que Mato Grosso é o maior estado produtor do país e, mesmo assim, mantém 62% do território preservado, percentual muito acima dos estados produtores de outros países.

“Nos Estados Unidos, o maior produtor é a Califórnia, que preserva 26%. A China tem a Província de Hubei, que preserva apenas 11%. Se olhar em todos os países, Mato Grosso é um grande produtor de alimentos e, ao mesmo tempo, temos 62% de nosso território preservado”, disse.

Para o governador, a preservação de todos os biomas, especialmente a Amazônia, é fundamental para que Mato Grosso continue a expandir sua produção. Atualmente, o Estado é o maior produtor brasileiro de soja, milho, algodão e etanol de milho, entre outros produtos.

“A Floresta Amazônica é um grande ativo, pois através dela temos um ciclo de chuvas importantes para as nossas duas safras anuais. Preservar a floresta significa garantir a estabilidade do regime de chuvas e a produção de alimentos, que vai crescer muito sem precisar derrubar nenhuma árvore. Poderemos crescer com produtividade, com tecnologia, convertendo áreas de pastagem para o agronegócio e a produção de alimentos”, afirmou.

Mauro Mendes ressaltou as ferramentas de monitoramento que permitem a detecção, em até 48 horas, de qualquer desmate acima de 1 hectare, além do aumento da legalidade no uso das áreas.

“Temos hoje o melhor sistema de monitoramento existente no Brasil. Em até 48h detectamos, autuamos, multamos e embargamos, se necessário, quem comete crimes ambientais. Nós cumprimos a nossa parte no que diz a legislação brasileira. Em 2019, apenas 5% do desmatamento era legal e 95% era ilegal. Nesse ano, 38% já é legal. Ou seja, está crescendo a legalidade e o Governo de Mato Grosso está fazendo uma forte ação para combater a ilegalidade”, concluiu.

 

 

 

 

Da Redação com informações de Lucas Rodrigues e José Lucas SalvaniSecom-MT