O aumento do crime é um sinal de que “o progressismo”, a “democracia” e a “defesa da Constituição” estão indo para frente no Brasil. Escreve J.R. Guzzo.
31/07/2023 10:05
“A redução do crime, ali, é um avanço da direita”
O programa de “desarmamento” do governo Lula e do Ministério da Justiça é o fracasso mais agressivo de um governo que conseguiu completar sete meses sem acertar uma. Alguém é capaz, honestamente, de citar alguma coisa certa, ou meramente útil, feita pelo governo federal de 1º de janeiro para cá? A perseguição aos brasileiros que têm armas de maneira legal, e que não pioraram em um átomo os índices de violência no Brasil, é um fiasco absoluto do ponto de vista da segurança da população – ninguém, do Oiapoque ao Chuí, está se sentindo mais seguro por causa da repressão às armas legais, e nem tem a menor razão objetiva para isso.
Mas o fracasso fica aí, com o povo brasileiro. Para Lula e para os capitães-do-mato do seu governo, o “desarmamento” está rendendo exatamente o que eles queriam – tirar as armas obtidas legalmente pelos cidadãos de bem, que cumprem as leis e pagam seus impostos. É a obsessão da esquerda totalitária, dos extremistas de Brasília e do ministro da Justiça. Não toleram a ideia de que um brasileiro honesto tenha armas; para o conforto do seu regime, ora em construção, só podem ter armas as polícias do governo e os bandidos. É assim que eles querem que seja.
A perseguição aos brasileiros que têm armas de maneira legal, e que não pioraram em um átomo os índices de violência no Brasil, é um fiasco absoluto do ponto de vista da segurança da população.
A “política de desarmamento” de Lula e do Ministério da Justiça (é isso que a esquerda nacional chama de “políticas públicas”) não tirou até agora, em sete meses, uma única arma da mão da bandidagem. É materialmente impossível, desse jeito, melhorar alguma coisa na segurança do cidadão brasileiro, ameaçado a todas as horas do dia em sua vida, sua integridade física, sua família e seu patrimônio.
O Brasil está entre os países com os piores índices de criminalidade do mundo, e os graus mais indecentes de impunidade. Mas o Ministério da Justiça não faz nada contra os criminosos que desgraçam a vida da população. Reserva todo o seu rigor e a sua força para tirar as armas das pessoas que não cometem crime nenhum. Para os bandidos o governo Lula propõe o “desencarceramento” – e as visitas do ministro à favela da Maré, no Rio de Janeiro, uma das áreas com maior número de armas ilegais por metro quadrado em todo o território do Brasil. Não é um equívoco do ministro. É uma “política pública” do governo.
Dá para entender perfeitamente essa história quando se olha para os números oficiais da criminalidade no Brasil. Os homicídios, durante todo o período em que a legislação facilitou a compra de armas, não pararam de cair – no passado desceram a pouco menos de 41 mil, o menor número já registrado desde que começaram a ser feitas as computações anuais dos assassinatos ocorridos no Brasil, em 2007. A maior redução, nesses dezesseis anos de acompanhamento, foi de 2018 para cá.
Não se trata de “números do bolsonarismo”. São dados de instituições independentes, como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Monitor da Violência do serviço de notícias das organizações Globo. É exatamente o contrário do que quer a Chefatura Nacional de Polícia que substituiu o Ministério da Justiça no governo Lula. A redução do crime, ali, é um “avanço da direita”. O aumento do crime é um sinal de que “o progressismo”, a “democracia” e a “defesa da Constituição” estão indo para frente no Brasil.
Por J.R.Guzzo é jornalista. Começou sua carreira como repórter em 1961, na Última Hora de São Paulo, passou cinco anos depois para o Jornal da Tarde e foi um dos integrantes da equipe fundadora da revista Veja, em 1968. Foi correspondente em Paris e Nova York, cobriu a guerra do Vietnã e esteve na visita pioneira do presidente Richard Nixon à China, em 1972. Foi diretor de redação de Veja durante quinze anos, a partir de 1976. Nos últimos anos trabalhou como colunista em Veja e Exame.