Mais estranho ainda é um governo forjado na defesa dessa baderna inconstitucional, liderando o Estado nacional, sendo conivente com essa afronta. Escreve Chica Melo Monte.
15/03/2024 05:49
“Quem fez o L devia pagar esse pato sozinho”
Sob a hedge de Reforma Agrária, que tantos defensores se manifestam e que efetivamente nada ou quase nada fizeram, o episódio de ontem e seus desdobramentos, demonstram que os tais movimentos, até então bradados pela politicagem, começam a ter tentáculos de crime organizado em suas manutenções e criações…é o que revelou a imprensa hoje.
Incrível que as tais invasões, que significam uma afronta a lei e a proprietários de terra, aconteçam justo em locais, como os do fato deflagrado de ontem, exatamente numa avenida nova, nascendo já com construções em alvenaria, de forma organizada, amparada logicamente por políticos e abraçada por uma barra forçada nas reivindicações de que a Governo do Estado tem que ser pai quando a lei desocupa áreas invadidas…onde está escrito isso?
Nada contra o processo desde que legal, mas nesse modo de tomar no grito, na marra e na ameaça é inconcebível…aqui em MT pelo menos a polícia é implacável com essa bagunça.
Os problemas sociais se arrastam há anos no Brasil, fruto exato de falta de investimentos seculares em educação e oportunidades, criando assim um batalhão de oportunistas, que enxergam em invasões comércio, política e agora bandidagem.
A matéria que afirma que a tal invasão foi patrocinada pelo crime organizado é assustadora e pior, em invasões já existentes, como no bairro Parque Sabiá, em VG, a imagem de prosperidade com veículos nas portas, som alto e festas, são o tom de que a socialização está estranha para os padrões que alguns defendem e algo muito errado vai acontecendo na maquiagem dessa sociabilidade fajuta.
Tem algo estranho no ar também, quando a nível nacional o sr. José Rainha, líder do MST, tem patrimônio e benefícios públicos milionários revelados. Em SP, o sr. Guilherme Boulos, eleito deputado federal, outro ícone desses movimentos ilegais, ainda sai candidato a Prefeitura daquela cidade onde foi o grande promoter de invasões e fazendo movimentos até outro dia natimorto, renascer das cinzas e incendiar novamente o país. Isso é um absurdo total com quem batalha para ter seu patrimônio a duras penas e muito suor.
Mais estranho ainda é um governo forjado na defesa dessa baderna inconstitucional, liderando o Estado nacional, sendo conivente com essa afronta e declarar que isso é um “instrumento legal” da classe sem teto que passa a ser criminosa contumaz da invasão de patrimônio privado, pouco se lixando para a lei e a ordem.
Lamentável.
É o Brasil do Brasil perdendo o controle, pregando a insegurança jurídica, fazendo ações de sua maior empresa despencarem, anunciar déficits bilionários, aditivar o desemprego e carestias, não entregar as picanhas prometidas, tornar-se persona não grata em países importantes cooperados e desenhar um futuro sombrio e sem esperança para bater nas nossas portas em breve.
Quem fez o L devia pagar esse pato sozinho, aí sim poderíamos defender as seletividades.
Por Francisca Carmélia Monteiro, a “Chica Melo Monte”, cuiabana, jornalista raiz, crítica, analítica e opinativa.