Lula, cada vez mais raivoso, sem noção e radical, quer logo ver o circo pegar fogo para avançar com seu único objetivo: a concentração total de poder em sua pessoa. Escreve Rodrigo Constantino.
16/05/2024 12:39
“Lula não é um novo Mandela pacificador”
Que o PT é o partido da destruição todos nós sabíamos. Afinal, mesmo para quem não basta a boa teoria, tínhamos a prática após 14 anos de desgraça. Mas o desgoverno Lula 3.0 tem surpreendido pela velocidade em que acelera rumo ao abismo. É como se a turma petista tivesse receio de um novo impeachment e precisasse transformar o quanto antes o Brasil numa Venezuela, para garantir sua permanência no poder ao custo da tragédia popular.
Lula conseguiu transformar evento de ajuda ao Rio Grande do Sul em comício político com direito a piadinhas sem graça, a ponto de constranger até mesmo a imprensa esquerdista. A Folha meteu chamada criticando o tom de comício em meio à tragédia, Josias de Souza fez o mesmo, e os militantes globais preferiram o silêncio obsequioso. Mas todos, quero crer, sentiram-se envergonhados com o nível de insensibilidade.
Na economia, os tucanos começam a se afastar da narrativa patética de que Haddad é um ortodoxo sob fogo amigo. Todos já se deram conta de que quem manda é Lula mesmo, e que o modelo é o velho nacional-desenvolvimentismo irresponsável. Agora teremos até arroz importado com logotipo do governo e preço tabelado! Cuba se aproxima a galope.
Na Petrobras, mudanças ocorrem para alinhar a gigante estatal ao projeto de poder totalitário do PT. Entra uma espécie de nova Graça Foster para focar no lado “social” da empresa, tocar projetos megalomaníacos de investimento em refino, bem como desejava Lula quando brincava de xeique árabe com Chávez no passado. Lá tivemos o petrolão e uma empresa tão endividada que quase quebrou. Agora teremos… a mesma coisa.
A história se repete como farsa, dizia Marx. E o PT é uma farsa por completo. Na segurança pública, vira ministro o garoto-propaganda da audiência de custódia, espécie de Serviço de Atendimento do Criminoso, alguém que confessa não ficar feliz com nenhuma prisão. O presidente coloca sigilo nas informações sobre fugas, para proteger os companheiros. E Lewandowski quer centralização plena na União, inspirado em modelos de Cuba e Venezuela.
São vários outros indícios que já dariam um livro, mas o jeitão fica evidente até para tucanos abobalhados que fizeram o L para “salvar a democracia”. Lula não é um novo Mandela pacificador. Haddad não é um Paulo Guedes com “face mais humana”. Ambos são socialistas, e Lula, cada vez mais raivoso, sem noção e radical, quer logo ver o circo pegar fogo para avançar com seu único objetivo: a concentração total de poder em sua pessoa. Sua e de Janja, claro, já sendo preparada para ser nossa Evita Peron…
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
Por Rodrigo Constantino, economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.