Opinião – Era uma vez uma Justiça

Um dos dogmas progressistas diz que se é preciso correr o risco de um erro, que se erre sempre a favor do criminoso – mesmo que isso resulte em prejuízos. Escreve Roberto Motta.

31/07/2024 07:51

“Por isso no Brasil acontecem 10% dos homicídios do planeta Terra”

Foto: Marcello Andrade

No Brasil existe a fábula da tornozeleira eletrônica. Ela funciona assim: o Estado deseja que acreditemos que criminosos cruéis, ligados a facções do narcotráfico, culpados dos crimes mais violentos e pervertidos, vão se submeter a ter seu paradeiro monitorado através de um dispositivo eletrônico preso em seus tornozelos.

Esse dispositivo permite que o Estado libere esses criminosos, que estavam presos, para as ruas.

É uma benesse estatal para criminosos que foram investigados, processados, condenados, sentenciados e que agora estão presos em penitenciárias. É um “benefício” criado com espírito “progressista” e concedido sem qualquer fundamento moral ou lógico.

O contribuinte, que também é a vítima do crime, paga o custo da“tornozeleira”, o custo do serviço de comunicação de dados, a montagem de uma central de monitoramento e os salários servidores públicos que agora precisam acompanhar a localização dos criminosos.

Muitos dos bandidos “monitorados” simplesmente jogam a tornozeleira no lixo ou colocam no pescoço de um cachorro e somem.

Isso não causa qualquer escândalo ou indignação nos operadores do direito progressistas. As evidências de que a “tornozeleira” é uma fábula não faz com que mudem de opinião. Um dos dogmas progressistas diz que se é preciso correr o risco de um erro, que se erre sempre a favor do criminoso – mesmo que isso resulte em prejuízos para os cidadãos de bem, ou até ferimentos ou mortes.

Por isso se soltou um dos assassinos do jornalista Tim Lopes esperando que ele usasse uma tornozeleira. Mas ele simplesmente sumiu. Continua tudo bem para os progressistas.

Por isso no Brasil acontecem 10% dos homicídios do planeta Terra.

A fábula da tornozeleira é irmã da fábula da “ressocialização”. As duas são descentes diretas da fábula marxista.

 

 

 

Por Roberto Motta é pesquisador da área de segurança pública, ex-consultor de tecnologia do Banco Mundial e ex-Secretário de Estado do Conselho de Segurança do Rio de Janeiro. É autor de 4 livros: “Ou Ficar A Pátria Livre”,  “Jogando Para Ganhar: Teoria E Prática da Guerra Política”, “Os Inocentes do Leblon” e “A Construção da Maldade: Como Ocorreu a Destruição da Segurança Pública Brasileira”. É graduado em engenharia pela PUC-RJ, tem mestrado em gestão pela Fundação Getúlio Vargas. Foi um dos fundadores do Partido Novo e é comentarista na Jovem Pan News.

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