No Brasil, os Institutos de Pesquisas eleitorais vem sendo ano a ano mais descredibilizada entre os eleitores que, convictos, não se deixam mais iludir.
07/10/2024 12:39

Pesquisas eleitorais cada vez mais em queda livre. Foto: YouWeb
Foi-se o tempo em que a população desinteressada ou mesmo desacreditada em política, acabava por ser influenciada pelas ditas pesquisas eleitorais.
Vox Popoli, IBOPE e Data Folha (esta última ainda atuante) reinavam em absoluto nos períodos de eleições municipais e nacionais, enriquecendo com quantias imensuráveis nos dias de hoje. Mesmo porque, as regras do Tribunal Federal e dos Regionais, à época não eram tão rígidas, como também, a era digital não havia chegado.
Com o advento da internet e com o despertar do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT) em 2015, a população brasileira ganhou a sua “Primavera Política” (expressão dada no mundo árabe, sobre um despertar da população) e assim, passando a saber mais de política do que de futebol.
Para se ter uma ideia, os jovens da faixa etária entre 18 e 25 anos, pós “Primavera” brasileira sabem escalar os ministros da Suprema Corte Federal com assertividade, mas teriam dificuldade em escalar os nomes dos jogadores da Seleção Brasileira de futebol.
Um país tratado à base de “pão e circo”, não dava importância para mais nada, além de Copa do Mundo e Carnaval.
Os valores mudaram radicalmente. Ainda que a educação tenha que sofrer uma profunda mudança, a politização chegou na população. E chegou para nunca mais sair.
A cada eleição, percebe-se o quão atenta estão as pessoas que são, no final das contas (públicas, diga-se de passagem) que arca com as consequências com ausência de Segurança e Saúde, sendo penalizada duramente com muita sorte por quatro anos.
Nas eleições de 2024, Cuiabá e Várzea Grande foram algumas entre as dezenas de capitais desse imenso Brasil que a população arregaçou do avesso a tal das “pesquisas eleitoreiras”.
Cuiabá teve um único cenário às vésperas das votações, divulgado pela Atlas (CNN Brasil) que iria na contramão dos institutos locais e que acabaram por confirmar. O candidato do União Brasil, favorito em todas as pesquisas locais, ficou foram da disputa do segundo turno, esse polarizado entre a Direita (PL) e Esquerda (PT).
Em Várzea Grande, a surpresa foi ainda mais arrebatadora. Curral eleitoral da família Campos por décadas, onde colocavam e tiravam quem a mesma família quisesse, tinha como candidato à reeleição Kalil Baracat (MDB) o qual despontava nas pesquisas desde o início da campanha com uma larga diferença da sua oponente, Flávia Moretti (PL).
Flávia Moretti não só venceu, como também expôs do avesso os resultados fictícios apresentado pelas pesquisas durante do pleito, desbancando assim o coronelismo da sofrida Várzea Grande que merece mudança e sobretudo ser revitalizada em absolutamente todos os sentidos.
Parabéns à população de ambas as cidades pela libertação do cabresto das pesquisas e fazerem prevalecer a autonomia do direito fundamental no exercício da democracia.