Editorial – Intolerance II: xeque-mate ao crime organizado

26/11/2024 07:30

“Mauro Mendes endureceu para além do discurso e campanhas publicitárias”

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Por trás de uma contínua e imensa cortina de fumaça, o crime organizado no Brasil vem ganhando território há décadas. Sempre com fortes alianças políticas, pavimentando o caminho a ser trilhado por lideranças de facções em todo país nas mais diversas esferas. 

No final da década de 80 e início dos anos 90, Colômbia vivenciou essa pulverização de ações do narcotráfico em várias cidades do país.  

À frente do que chamavam de Cartel de Medelin, Pablo Escobar era o lendário chefe do crime organizado o qual teve seu ciclo de domínio encerrado no nomomento de sua fracassada tentativa de para o campo político. 

Desde aquela época, chefões do crime organizado tentam sair do “limbo” para adentrar na ala social e assim ter o status de um cidadão de bem. 

Mas outra organização criminosa, essa oriunda da classe política, agem a todo custo para manter esses, literalmente marginais, ao largo da sociedade. Nos seus buracos. Sem sair jamais sem a permissão dos seus senhores. 

Diferente de outros grandes centros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza, onde facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) já se sentem em casa, atuando em quase todas as áreas, Mato Grosso tem resistido duramente a esses infiltrados. Um estado demonstra seu crescimento econômico nos últimos anos e vem se destacando nos rankings nacionais, se tornou alvo de ações e disputas regionais do então crime organizado. 

Tráfico de drogas e ações violentas de assassinatos conhecidas como “tribunal do crime” tem alertado intensamente as autoridades do estado. 

O Governo de Mato Grosso tem um lema adotado pelos oficiais da Segurança Pública que “Em Mato Grosso bandido bom é bandido morto”. Outra frase que foi tema de campanha estadual é “Tolerância Zero” contra o crime organizado. 

Mas até então, essas ações parecem que não impactaram o como esperado pelas autoridades e o lado de lá (criminosos) não se intimidaram e estão avançando com cada vez mais audácia. 

Diante de tais embustes e afrontas à ordem pública e demasiados enfrentamentos, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, endureceu para além do discurso e campanhas publicitárias e retomou os investimentos na Segurança Pública. 

A grande expectativa está na criação da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), que atuará em conjunto com o Comitê Integrado de Combate ao Crime Organizado, com membros da Sesp, Sejus, PM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Politec, Gaeco, OAB-MT, Ministério Público, Tribunal de Justiça e Defensoria Pública. 

Paralelo a esses fatores, o estado já mobilizou para o aumento de efetivo, convocação para formação de novos militares, nomeação de novos oficiais, reestruturação de comandos da Polícia Civil, são algumas das medidas de urgência tomadas pelo Governo. 

Mauro Mendes que é um defensor da descentralização da Legislação Penal, dando poderes para que cada estado possa fazer suas próprias Leis Penais, vem revolucionando nas ações da Segurança Pública. 

Sem sombra de dúvidas, a população reconhece esse trabalho amplo desempenhado pelo Governo de MT a qual espera muito além de um reconhecimento, mas também a colaboração na atuação das corporações contra o mal da sociedade.