A ponte que caiu lá no rio Tocantins (…) Quem é o superintendente do DNIT no Maranhão? Tiraram um engenheiro e puseram um psicólogo, por indicação política, claro. Escreve Alexandre Garcia.
03/01/2025 06:34
“No último ano de Bolsonaro, foi superávit: 5 bilhões e 800 milhões de reais”
A gente vive os últimos dias do ano e as pessoas perguntam: como será o ano que vem? Não é preciso bola de cristal para imaginar que se continuar assim, a gente só vai afundando, em tudo. O governo prejudicando a vida privada e a vida das empresas. Atrapalha tudo. Porque o governo se mete em tudo, então qualquer coisa que o governo faça de errado afeta a iniciativa privada e a vida dos cidadãos e das famílias.
Por exemplo, vejam só o dólar.
O dólar, antes do fim da semana, passou de R$ 6,20. Aí o Banco Central, no último dia útil, botou 3 bilhões de dólares à venda e compraram logo. É gente que quer transferir para o exterior bens e precisa transferir em dólar. E está apostando que vai ganhar com isso porque está comprando dólar a R$ 6,20, sei lá, e ainda assim vai ficar barato daqui alguns dias. O Banco Central está gastando reserva inutilmente, porque não é isso, não é o mercado de dólar. Não é a lei de oferta e procura aplicada à mercadoria chamada dólar.
Vejam as reservas externas brasileiras. No dia 28 de outubro eram 366 bilhões de dólares, agora 332 bilhões. Nós já jogamos fora 34 bilhões de dólares de reservas. Quanto é isso? 200 bilhões de reais. E não adiantou nada. Pode ser que se não tivesse feito isso o dólar já estaria a R$ 7, não sei, mas aí é chute. Mas por quê?
Noticiou-se nesse fim de semana. A Folha de S.Paulo botou em manchete: déficit das estatais é recorde desde 2009. 2009 também era o mesmo governo. 4 bilhões, 450 milhões de dólares. Só para ressalvar: o Banco Central exclui desse cálculo a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Eletrobras. 4 bilhões, 450 milhões o déficit até novembro.
No último ano de Bolsonaro, foi superávit: 5 bilhões e 800 milhões de reais. Quer dizer, uma diferença de 10 bilhões de dólares. Por quê? Porque tinha uma lei proibindo botar político em estatal, para dirigir estatal. Ricardo Lewandowski derrubou isso, aí já entrou gente…
Só para a gente lembrar: a ponte que caiu lá no rio Tocantins, entre o Maranhão e o estado do Tocantins. Quem é o superintendente do DNIT no Maranhão? Tiraram um engenheiro e puseram um psicólogo, por indicação política, claro.
Por Alexandre Garcia, colunas sobre política nacional publicadas semanalmente.