A percepção sobre o Bitcoin e outros ativos tem evoluído, favorecendo sua adoção e consolidando como uma alternativa cada vez mais viável dentro do sistema financeiro. Escreve Pedro Torres.
16/02/2025 08:15
“Investir em Bitcoin é uma decisão que transcende o aspecto financeiro”
Imagem Jaydeep Pixabay
Bitcoin não é apenas uma criptomoeda — é um fenômeno que redefiniu o conceito de valor. Enquanto alguns veem nele uma revolução financeira, outros questionam sua volatilidade e seu propósito. Mas o que realmente o diferencia de outros ativos? Por que, apesar das críticas, ele continua a atrair indivíduos, investidores institucionais, governos e entusiastas? A resposta está em sua combinação única de escassez programada, descentralização e capacidade de servir como reserva de valor em um mundo cada vez mais inflacionário.
Apesar de sua inovação, o Bitcoin enfrenta uma contradição: sua imagem pública é frequentemente distorcida por associações a atividades ilícitas, como se sua existência se resumisse a isso. Essa narrativa, porém, ignora fatos essenciais. Criado como resposta à crise financeira de 2008, o Bitcoin foi concebido para ser um sistema aberto, auditável e resistente à censura, cuja blockchain pública permite rastrear todas as transações — algo impossível no dinheiro físico. Ao contrário do que sugere o estereótipo, estudos revelam que menos de 1% de seu uso global está ligado a ilegalidades, percentual irrisório se comparado a moedas fiduciárias.
Contudo, a desinformação deixou cicatrizes profundas. A proliferação de fraudes — algumas utilizando o Bitcoin de forma distorcida, outras apenas simulando seu uso para atrair vítimas — alimentou um ceticismo generalizado, agravado por análises midiáticas superficiais e tecnicamente falhas. Esse ruído – que deve ser dissipado pela educação – não apenas prejudicou a reputação do mercado, mas também obscureceu marcos relevantes.
Investir em Bitcoin é uma decisão que transcende o aspecto financeiro: é apoiar uma revolução silenciosa e, ao mesmo tempo, alocar recursos em um ativo com fundamentos tecnológicos sólidos. Sua valorização histórica reflete a demanda crescente por uma solução que atua como seguro contra políticas monetárias expansionistas — graças à escassez programada, auditável e imutável — e como infraestrutura global de pagamentos, descentralizada e sem fronteiras.
Mas afinal, por que escolhê-lo como investimento? Além de sua proposta disruptiva, o Bitcoin é o ativo de melhor desempenho da última década: valorizou mais de 1.000.000% desde seu lançamento, superando ouro, ações e imóveis. Essa rentabilidade extraordinária, porém, não é mero acaso — está diretamente ligada à convergência entre sua tecnologia revolucionária e a demanda global. Diferente de moedas tradicionais, cujo suprimento é controlado pelo ente estatal, o Bitcoin opera sob regras matemáticas imutáveis: apenas 21 milhões de unidades existirão, sendo sua emissão é reduzida pela metade a cada quatro anos, criando uma escassez programada. Essa previsibilidade atraiu gigantes institucionais (como gestoras de trilhões em ativos que lançaram ETFs de Bitcoin) e nações que estudam incluí-lo em reservas estratégicas, reconhecendo-o como proteção contra crises cambiais e políticas monetárias irresponsáveis.
No contexto de amadurecimento do mercado brasileiro de ativos virtuais, exchanges como a OnilX desempenham um papel essencial na construção de um ambiente mais sólido e confiável para os investidores, implementando protocolos rigorosos de proteção ao usuário e fomentando boas práticas no setor. Esse movimento tem elevado o nível de profissionalização do mercado, proporcionando maior segurança jurídica e operacional para os participantes. Como resultado, a percepção sobre o Bitcoin e outros ativos virtuais tem evoluído, favorecendo sua adoção e consolidando cada vez mais ecossistema como uma alternativa cada vez mais viável dentro do sistema financeiro.
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Por Pedro J. T. C. Torres, sócio do escritório Sydow & Torres Advogados