Opinião – Aposentado paga, o irmão do presidente escapa

Um levantamento mostrou que, entre os descontos feitos a idosos fragilizados, pensionistas e aposentados, apenas 2% foram autorizados. Escreve Alexandre Garcia.

21/05/2025 05:30

“Bolsonaro editou uma medida provisória exigindo maior autenticação de quem autorizava”

Lula, fotografado em 24 de abril de 2025. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Eu acho que todo mundo estranhou que esse Sindicato Nacional dos Aposentados e Idosos — em que o vice-presidente é o irmão do Lula — tenha ficado de fora. Pelo menos ele, o Frei Chico, deu uma entrevista dizendo que o sindicato dele está fora.

Então, o líder da oposição no Senado, o senador Rogério Marinho (PL-RN), entrou com um requerimento — uma representação — na Comissão de Ética Pública da Presidência da República para saber por que o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, não incluiu esse sindicato na investigação. Ele quer que Rodrigues explique por que o sindicato, que recebeu milhões em repasses do governo via Previdência, está fora da apuração.

Fizeram um levantamento mostrando que, entre os descontos feitos a idosos fragilizados, pensionistas e aposentados, apenas 2% foram autorizados. Um escândalo grandioso. Por isso, a necessidade de uma CPI — até para separar essa falácia. Imaginem se Bolsonaro iria estimular isso para beneficiar sindicatos de esquerda, ou beneficiar o irmão do Lula. Ao contrário: ele editou uma medida provisória exigindo maior autenticação da vontade de quem autorizava o desconto.

 

 

 

Por Alexandre Garcia, colunas sobre política nacional publicadas

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