15/06/2020 15:33
”Ambos estão certos de que o objetivo do esdrúxula figura, tem como objetivo único ‘rachar’ o mundo para melhor extorqui-lo”
O “Manual Antifascista”, de autoria de um incerto Mark Bray, não passa de repositório exacerbado da violência comunista editado sob pretexto de combater o fascismo. Ele se apoia nas lições do terrorismo bolchevique, recorrendo ao velho arsenal de engodos do marxismo-leninismo. Sem dúvida, foi concebido como ferramenta explosiva para uso da comunalha que não admite a vigência da democracia nem muito menos a derrota eleitoral dos seus candidatos corruptos repudiados em gênero, número e grau pelas populações de vários países na Europa, na América Latina e pelos Estados Unidos.
O autor do bestialógico – que em nota introdutória chega a mencionar a discrepância de certos setores da esquerda com respeito às lições de virulência nele contidas – tem no seu currículo de terrorista prático (além de teórico) a organização do “Occupy Wall Street”, movimento de “ação direta” que, em 2011, perturbou o centro financeiro de New York e, mais tarde, acabou na luz escura do vazio, sem nenhum resultado que não fosse o fortalecimento do capitalismo. (A propósito, segundo observadores, a “ação direta” da OWS teria recebido financiamento das ONGs de George Soros – o que foi negado depois de algum tempo pelo mega-especulador).
De fato, o repositório sanguinário de Mark Bray nada fica a dever ao “Catecismo Revolucionário” de Sergei Netchaiev, outro repositório doutrinário escrito em letras de sangue que terminou por instituir na Rússia tzarista as bases do terrorismo revolucionário levado adiante por Lenin, Stalin e Trotski – este, considerado o “pai” do exército vermelho que inspirou a criação das turbulentas “Secções de Assalto” (SA) de Adolf Hitler.
Ambos os guias — tanto o “Catecismo” de Netchaiev quanto o “Manual” de Bray -, adotando a violência sem peias como princípio básico, ensinam à militância desprovida de qualquer tipo de racionalidade a “atravessar a lama do capitalismo a todo vapor”, na base de assaltos a ruas com porretes, facas, bombas e coquetéis Molotov nas mãos. Para esse tipo de terrorista, ao que tudo indica, nenhum problema da sua luta de classes será resolvido, exceto pela violência. Qualquer outro “método político” não passaria de trololó humanista.
No seu “Manual”, Bray – que é apresentado como pesquisador de educação comparada na Universidade de Hong Kong, professor secundário em Kwara-Nigéria e membro de várias associações acadêmicas – entende o conceito de fascismo, entre outros, como “comportamento que abandona as liberdades democráticas e persegue com violência redentora, sem restrições éticas e legais, suas metas de limpeza interna e expansão externa”. Ou seja: uma definição que se ajusta como uma luva ao seu conceito de antifascismo. Sem tirar nem pôr. Neste aspecto, convém anotar que Benito Mussolini foi dirigente comunista antes de largar o credo para se tornar o “condottiere” do partido fascista. Por sua vez, Adolf Hitler, que recebeu substancial ajuda financeira e militar soviética, e com ela fez um pacto para se apossar do Leste Europeu, se gabava de ter criado um partido socialista (ainda que de escopo nacional).
No seu arrazoado mórbido, calcado em cima de citações de fatos e autores que lhes são afins, nem por isso menos parciais, Bray vai adiante e destrincha o bode: “O antifascismo é uma política nada liberal, é a revolução social aplicada ao combate à extrema-direita, e não apenas aos fascistas literais”.
No mesmo tom, esclarece: “Os antifascistas alcançaram estes objetivos de várias formas, desde cantar mais alto em comícios, ocupar os locais de reuniões fascistas sem que estes pudessem se instalar, semear a discórdia em seus grupos por meio da tática de infiltração e até romper qualquer véu de anonimato para atrapalhar fisicamente suas vendas de jornais, manifestações e outras atividades”. Ou seja, a adoção sem tréguas da política do “Big Stick”.
E finaliza: “Os militantes antifascistas discordam das perseguições e proibições do Estado contra políticas ‘extremistas’, em razão de sua política revolucionária antiestatal”.
O “Manual Antifascista”, na verdade, faz o mais baixo proselitismo terrorista, sem levar em consideração circunstâncias históricas e culturais que acodem a humanidade, omitindo, deliberadamente, os massacres em massa e a completa escravidão em que vivem humilhadas e ofendidas as minorias (sexuais, raciais, políticas etc.) nos regimes comunistas que ele exalta ou cuja barra alivia, como, por exemplo, a China onde o autor, fanático e radical, diz lecionar.
Para fazer a catequese de possíveis ativistas e quebrar os vestígios de pruridos morais, a bula do terror relata os primórdios e o desenvolvimento do antifascismo desde o clássico “no passarán” e suas repercussões históricas até considerar aspectos estratégicos da violência na prática do antifascismo no cotidiano.
Mentores dos Black block, MST, Antifas etc., que impulsionam o ódio, encherão a cara. O grande problema, no entanto, é a manutenção da massa de manobra e das suas treinadas tropas de choque que tomam conta das ruas para cometer distúrbios, ameaças, quebra-quebras, incêndios e até assassinatos. Quem financia, por exemplo, o seu dispendioso exército de “camisas pardas” que ocupam as ruas armados de facas, bombas e coquetéis Molotov durante as manifestações pacíficas pró Jair Bolsonaro?
Para muitos, a Open Society Foundations do mega-especulador húngaro George Soros que financia inúmeras ONGs pelo mundo (entre elas, o Instituto FHC, que se esmera na defesa da liberação das drogas pesadas e ligeiras) pode estar por trás dessa conjura. Não é em vão que Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, depois dos distúrbios violentos distúrbios planejados e executados em várias cidades dos EUA, está cuidando da sua deportação do território ianque, a exemplo do que está fazendo o governo húngaro. Ambos estão certos de que o objetivo do esdrúxula figura, que vai completar 90 anos em agosto próximo, tem como objetivo único “rachar” o mundo para melhor extorqui-lo.
De minha parte, considero o “Manual Antifascista” produto de uma mente doentia, dessas cevadas à luz da ideologia revolucionária que, desde Robespierre, ausente de Deus, torna o mundo um palco de dor, sangue e alucinação.
Vade Retro. Satanás!
PS – No “Manual” de Bray são considerados fascistas quem desaprova o aborto, a liberação da maconha e da cocaína, a politização do gayzismo, a exploração do racismo como instrumento bélico de retaliação social ou quem tem fé e acredita em Deus. Em suma: no Brasil, para os antifascistas, a generalidade do povo, que é conservador, deve ser considerada fascista.
É de lascar.
Por Ipojuca Pontes