17/09/2021 12:47
”Está aí uma ideia que a FIESP e as empresas familiares deveriam apoiar em vez de combater”
Taxar dividendos distribuídos faz todo o sentido, mas somente com a isenção dos lucros reinvestidos.
Taxar lucro e dividendos é dupla taxação do mesmo fato gerador, o lucro.
A única alteração que eu faria nessa proposta de mudança de tributação de dividendos seria isentar a tributação do lucro reinvestido.
Deveríamos taxar o lucro distribuído que é o dividendo, mas não o lucro reinvestido como fazem agora.
Deputados e Senadores não sabem, mas reinvestimento de lucros é a principal fonte de financiamento das empresas e do crescimento do país, senão a única.
Empréstimos de Bancos dependem do montante do lucro reinvestido.
Um lucro reinvestido de um milhão permite mais um milhão de empréstimos bancários.
Isso permite dois milhões de investimentos adicionais na empresa.
Que em dois ou três anos se revertem em 2,4 milhões de receitas e em torno de 30% ou 720.000,00 de ICMS, IPI e outros impostos, dados do meu banco de dados das 500 maiores empresas.
Taxar um milhão de lucro a 15% como é feito agora, rende ao Governo somente 150.000,00, e uma única vez.
Taxar 2,4 milhões de receitas ao longo de 10 anos dá 7.200.000,00.
Ou seja, taxar lucros reinvestidos como nossos Ministros de Economia sempre fizeram é um tiro no pé, e prejudica nosso crescimento econômico.
Isentar imposto sobre lucro reinvestido, minha proposta de mudança nessa lei que taxa dividendos teria um retorno fantástico, como vocês viram.
Está aí uma ideia que a FIESP e as empresas familiares deveriam apoiar em vez de combater.
Por Stephen Kanitz em Blog Para se Pensar