Opinião – Brasil na liderança da Transição Energética

Há ainda muito espaço de crescimento para as fontes limpas de energia. A fonte eólica, a fonte solar centralizada e distribuída e as PCHs (3%), somam por 30% de nossa Matriz Elétrica. Escreve Daniel Lima.

23/03/2023 05:31

“Segundo a EPE, até 2031, a fonte solar distribuída deverá dobrar de potência”

Divulgação/reprodução.

Segundo dados do relatório “Renewable Capacity Statistics 2023”, divulgado recentemente pela International Renewable Energy Agency – Irena, o Brasil vem fazendo o seu dever de casa no que diz respeito a descarbonização de sua Matriz Elétrica.

Nos últimos 10 anos, as fontes renováveis de energia cresceram a uma taxa média anual de 6%, alcançando a marca de 175 GW de potência, o que representa aproximadamente 92% de nossa Matriz Elétrica, que tem potência total de um pouco mais de 191 GW (2023).

O Brasil, nesse quesito, foi o país que mais descarbonizou a Matriz Elétrica nos últimos 10 anos. Em termos de capacidade total de renováveis, o Brasil só perde para a China com 1.161 GW e os Estados Unidos com 352 GW. Outros países como a Índia com 163 GW e a Alemanha com 148 GW se esforçam para aumentar a participação das fontes renováveis.

O Brasil precisa planejar muito bem sua estratégia, em virtude se ser ainda muito dependente da fonte hídrica, as grandes hidrelétricas respondem por 54% de nossa Matriz.

Há ainda muito espaço de crescimento para as fontes limpas de energia. A fonte eólica (13%), a fonte solar centralizada (4,3%) e distribuída (9,5%) e as PCHs (3%), respondem por 30% de nossa Matriz Elétrica.

Segundo a EPE, até 2031, a fonte solar distribuída deverá dobrar de potência. Acredito eu, que esta fonte continuará como protagonista da descarbonização de nossa ME, o que é essencial para que o Brasil atinja suas metas climáticas.

 

 

 

 

Por Daniel Lima é presidente da Associação Norte e Nordeste de Energia Solar (Annesolar).

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