Opinião – Reflexões

É preciso que se olhe pra todos os setores da economia, desde a infraestrutura abrangente, a gestão pública, a formação de recursos humanos adequados; Sem falar na conclusão da ferrovia da Rumo, da Ferrogrão e da Fico. Escreve Onofre Ribeiro.

07/06/2023 05:30

“Números de 2032 representam um salto e pedirão uma profunda revolução”

Imagem ilustrativa. Divulgação/reprodução.

Recentemente participei de uma reunião de lançamento da Frente Parlamentar da Agricultura em Mato Grosso. Foi na Federação da Agricultura. A técnica Vanessa Gash, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária – IMEA, fez uma excelente apresentação sobre os próximos anos da economia rural de MT até 2032.

Os números apresentados na curta apresentação mostram a evolução da produção do agronegócio mato-grossense e, junto, os reflexos sobre a indústria, o comércio e os serviços. Estamos em 2023. Para 2032 faltam apenas 9 anos. Será um período de intensa multiplicação de todos os segmentos da economia mato-grossense indistintamente.

Vamos lembrar que em 1994, há 19 anos, a produção comemorada da soja, a única produção agrícola na época, foi de 4,5 milhões/ton. Hoje a produção total na safra 2022/23 é de 93 milhões de toneladas de milho, soja e carnes. Em 2032, o IMEA estimou em 3,9 milhões/ton de algodão, 80,7 milhões de milho e 65,6 milhões de soja.

Aqui o grande salto: Produção total em 2032, 150,2 milhões de toneladas. Em 2022 Mato Grosso participou com US$ 31,64 bilhões no saldo da balança comercial do país, que foi de US$ 61,75 bilhões. MT representou 50 por cento.

Muito bem. Os números de 2032 representam um salto impressionante e pedirão uma profunda revolução em tudo o que conhecemos hoje. Pra se ter uma ideia, de 2022 a 2030 serão necessários 800 mil empregados novos na economia.

Pra responder a tudo isso é preciso que se olhe pra todos os setores da economia, desde a infraestrutura abrangente, a gestão pública, a formação de recursos humanos adequados; Sem falar na conclusão da ferrovia da Rumo, da Ferrogrão e da Fico. Industrialização, produção de combustíveis verde de milho e cana em larguíssima escala. Subprodutos pra cadeias de carnes.

O mais sério de tudo isso é a completa reformulação de todas leitura da gestão, da política e do planejamento. Não tem chance dessas áreas não se modernizarem pra enfrentar o futuro.

Fará todo o sentido a proferia do sacerdote católico Dom Bosco, em 1895, de que no Centro-Oeste nascerá uma nova civilização de riqueza inconcebível, onde jorrará o leito e o mel. Voltarei ao assunto.

 

 

 

 

 

Por Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.