Editorial – A certeza da impunidade de Emanuel Pinheiro

A tranquilidade do prefeito cuiabano em seguir com ações que comprometem ainda mais os já arrombados cofres do município, é de se espantar.

27/09/2024 12:29

“Como um prefeito pode deixar o ego subir a níveis imensuráveis?”

Arquivo/reprodução

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, vai chegando ao fim de sua longa jornada como gestor da capital mato-grossense, deixando um legado indiscutível: a certeza da impunidade. 

Com mais de 20 operações policiais deflagradas em sua gestão o que gerou o afastamento de uns e prisões de outros envolvidos. Entre os afastados, o próprio prefeito (por duas vezes) e sua esposa, a primeira-Dama, Márcia Pinheiro, proibida de frequentar o Palácio Alencastro. Contudo, Emanuel não se abalou. 

“Imune” a todas as denúncias, até mesmo a Câmara dos Vereadores foi proibida de seguir adiante com uma Comissão Processante com o objetivo de caçar o chefe do Executivo Municipal. Diante de todo um “bombardeio” político e judicial, amparados com robustas denúncias e quiçá provas, Pinheiro seguiu inabalável. 

Os mais variados adjetivos surgiram diante das inúmeras manobras realizadas pelo astuto prefeito em se livrar de acusações, afastamentos e cassação: ninja, avião, mister M, entre outros.

Um cenário que poderia deixar qualquer outro cauteloso, com Emanuel o efeito foi rebote. 

O enfrentamento com o Governo do Estado, as compras sem licitações, as nomeações de comissionados, desafiaram a ótica sensata de quem tem o mínimo de gerenciamento e responsabilidade com os recursos públicos. 

Como um prefeito pode deixar o ego subir a níveis imensuráveis e rejeitar iniciativas do estado, onde o único objetivo é levar melhores condições à população? 

Temos o caso das mais de 70 mil luminárias LED, fornecidas pelo Programa MT Iluminado do Governo estadual as quais permanecem até os dias de hoje armazenadas, rejeitadas por Pinheiro que deu preferência em abrir processo licitatório para (pasmem) locar os mesmos equipamentos, para os mesmos fins. 

No “frigir dos ovos”, o Tribunal de Contas de Mato Grosso visualizando o excesso por parte do gestor, suspendeu tal proposição, livrando os cofres de Cuiabá de mais um rombo. 

Qual será o destino de Emanuel Pinheiro a partir de 2025? Como serão conduzidas investigações das denúncias que pesam contra sua gestão? Emanuelzinho será o seu salvo conduto via Governo Federal (STF)? 

Essas e outras perguntas pairam sobre a cabeça dos cuiabanos que, contam os dias para a administração Pinheiro encerrar de uma vez por todas.