Opinião – Argentina decola com Milei enquanto Brasil derrapa com Lula

Em dólar, a Bolsa argentina cresceu 114,9%, ou seja, mais do que o dobro. Enquanto aqui, a nossa caiu 30%. A melhor é a da Argentina, a pior é a nossa. Escreve Alexandre Garcia.

06/01/2025 07:00

“E vem aí os Estados Unidos de Donald Trump no próximo dia 20.”

O presidente Lula (PT) e o presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: EFE/André Coelho/Matias Martin Campaya.Quem aplicou em peso argentino no ano passado e quem aplicou na Bolsa de Valores da Argentina fez o melhor negócio do mundo. O peso argentino foi a moeda que mais se valorizou no mundo e a Bolsa argentina ganhou longe da Bolsa de Nova York. Esse é o resultado de ter um economista na presidência do país. É como se Paulo Guedes fosse presidente do Brasil. As coisas saem muito bem, porque a pessoa tem cabeça para isso, para administrar as contas públicas.

Em dólar, a Bolsa argentina cresceu 114,9%, ou seja, mais do que o dobro. Enquanto aqui, a nossa caiu 30%. A melhor é a da Argentina, a pior é a nossa. Em pesos, a Bolsa argentina valorizou 174%, quase o triplo. Em real, a nossa caiu 10%. Da Bolsa brasileira saíram R$ 32 bilhões e do Brasil saíram US$ 16 bilhões.

O mundo está normal. O Brasil não está sofrendo por causa da guerra na Ucrânia, nem pelo conflito na Faixa de Gaza, não tem nenhuma pandemia, a situação está normal, mas o real está despencando. O IPCA, ou seja, a inflação está acima do teto. O Banco Central não consegue conter o dólar, já torrou US$ 34 bilhões de reservas, um déficit de mais de R$ 1 trilhão. Oferecem papeis do Tesouro Nacional com IPCA mais 8%, mas as pessoas estão refugando.

E vem aí os Estados Unidos de Donald Trump no próximo dia 20. Trump foi hostilizado por Lula, que o chamou de nazista e apoiou Kamala Harris. Lula apoia o Irã, o Hamas, vai na contramão do mundo. O Brasil, como diria Carlos Drummond de Andrade: “Vai, Brasil, ser gauche na vida”, gauche no significado literal da palavra: vai ser esquerda na vida e ficar na contramão.

Dois pesos e duas medidas

Os artistas se manifestavam contra as queimadas na Amazônia e no Pantanal quando consideravam que os responsáveis eram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo-SP). E agora? Com Marina Silva, atual chefe da pasta, e Lula (PT), mais 42% de fogo na Amazônia em 2024, segundo o Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Lula só não bateu o próprio recorde. Em 2007, quando Marina também era ministra do petista foram registrados 186 mil incêndios. Em 2004, foram 218 mil incêndios. Em um ano de Bolsonaro, foram 71 mil e fizeram aquele barulho todo por pura propaganda.

 

 

 

 

Por Alexandre Garcia, colunas sobre política nacional publicadas de domingo a quinta-feira.

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