Candidatos prestigiam ato de vereadores

16/07/2010 09:47

A União das Câmaras de Municipais de Mato Grosso (UCMMAT) iniciou ontem o segundo Congresso dos Vereadores do estado. O evento contou com a participação da senadora sul-mato-grossense Marisa Serrano (PSDB) e lideranças políticas de diversas correntes de Mato Grosso.

Na mesa de honra da abertura do evento o governador Silval Barbosa (PMDB); o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP); os deputados federais Wellington Fagundes (PR), Eliene Lima (PP) e Thelma de Oliveira (PSDB); o ex-governador Blairo Maggi (PR) e outras lideranças políticas. Hoje, participa do evento o deputado federal Ciro Gomes (PPS).

O tom do discurso de todos os representantes foi de valorização dos vereadores. Principalmente em época de campanha eleitoral, eles são muito importantes para os políticos que disputam cargos mais altos. O deputado José Riva disse que os vereadores são o que possuem uma radiografia instantânea de todo o Estado. “Eles sabem o que está acontecendo no local, quais são as expectativas da população”, disse Riva. Mato Grosso tem hoje 1295 vereadores divididos nos 141 municípios do estado.

Os dois maiores adversários políticos, candidatos ao governo, o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e o governador Silval se cruzaram no evento. Mas enquanto um chegava, o outro ia embora. O ex-prefeito participou do congresso para falar sua atuação parlamentar como vereador, já que ocupou cargo por dois mandatos em Cuiabá.

Na pauta do congresso, a discussão sobre o pacto federativo, o debate sobre a inelegibilidade e também a nova lei que determina aos legisladores que apresentem contas em tempo real no portal transparência.

Nos dois dias de evento os vereadores terão palestras sobre esses assuntos e ainda vão reivindicar, pelo intermédio da bancada federal e da senadora Marina Serrano, o aumento do duodécimo das Câmaras dos Vereadores.

O presidente da UCMMAT, Aloizio Lima, explica que a Emenda Constitucional 58 diminuiu o repasse do duodécimo para os legislativos municipais. Quem mais sofreu com isso foram as Câmaras das cidades pequenas. “Com o corte, as cidades pequenas tiveram uma grande perda porque o valor recebido já não era grande. Em algumas cidades, já os vereadores enfrentam dificuldades no dia-a-dia, já que o corte de funcionários teve ser grande em razão do pouco dinheiro”.

Aluízio Lima, em tom crítico, disse que há exageros por parte do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que protocolou diversos pedidos de impugnação de candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O presidente da Associação dos Prefeitos de Mato Grosso, Pedro Ferreira, alegou que muitas vezes as prefeituras do interior não têm gente capacitada para trabalhar, e por causa erros míninos, acabam caindo na lista negra do Tribunal de Contas do Estado.

O evento continua hoje, durante todo o dia, no Centro de Eventos do Pantanal.

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