30/07/2010 10:43
Um estudo publicado no American Journal of Infection Controle concluiu que a tosse e outros sintomas respiratórios são mais eficazes para diagnosticar a influenza A (H1N1), popular gripe suína, do que a febre. Um dos sintomas da gripe A é a febre alta, fato que os oficiais de saúde costumam considerar para dar o diagnóstico da gripe.
Durante a pandemia no ano passado, a seleção padrão nos aeroportos para separar pessoas infectadas das não-infectadas dependia de scanners de temperatura do corpo que detectavam a presença de febre, por exemplo.
No entanto, os autores do estudo descobriram que a tosse é um indicador mais confiável de infecção do que a febre, pois quase metade dos indivíduos com a infecção leve pode não apresentar quadro febril.
O grupo de pesquisadores liderado pela professora Sang Won Park, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia de Sul, investigou casos confirmados de H1N1 que ficaram hospitalizados em quarentena no estágio inicial da pandemia em 2009. Como resultado, concluíram que somente 45,5% dos pacientes tiveram febre, ou seja, entre as pessoas com infecção leve e que não apresentavam febre, chegou-se a conclusão que elas tinham potencial para evitar a detecção da doença nos aeroportos e nas unidades de triagem médica, continuando a cadeia de infecção.
– Nosso estudo descobriu que a febre não é confiável para a definição de caso, embora tenha sido considerada como um fator chave na determinação de infecção da gripe. Estamos conscientes de outros estudos que mostram a febre presente em apenas 31% dos casos confirmados de influenza. Descobrimos que o indicador mais sensível é a tosse.