Diretor de coletora de lixo é preso pela PF por fraudes em licitação

08/08/2010 16:27

A empresa Delta Construções S/A, que foi contratada em caráter emergencial para operacionalizar o sistema de coleta de lixo em Cuiabá, teve o seu diretor-geral, Aluísio Alves de Souza, preso pela Polícia Federal, durante a Operação Mão Dupla, em Belém (PA), na última quinta-feira (5).

Souza estava sendo investigado desde o ano passado por envolvimento em esquema fraudulento de licitações, superfaturamento, desvio de verba pública e pagamentos indevidos, em obras de infraestrutura rodoviária realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT).

De acordo com a Polícia Federal do Pará, a empresa teria lesado os cofres públicos em R$ 5 milhões.

Além da coleta do lixo, em Mato Grosso, a Delta é responsável pelo aluguel de viaturas para a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), pela recuperação da BR-070, recapeamento da BR-163 e duplicação da BR-364.

Lixo

Há menos de um mês, a Delta Construções participou do processo licitatório para escolha da nova empresa responsável pela coleta de lixo na Capital. A empresa foi uma das que pediram impugnação do edital, alegando irregularidade técnica.

Apenas dois dias após o pedido, a Delta foi a empresa contratada em caráter emergencial, por R$ 534 mil por mês e mais R$ 100 mil de combustível mensais. De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, nova licitação será aberta nos próximos meses.

Operação “Mão Dupla”

A operação da Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), foi deflagrada na quinta-feira (5) nos Estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba, Pará e Amazonas.

Na operação, servidores e gestores do DNIT do Ceará foram presos pela PF, sob a acusação de fraudar licitações e desviar verbas destinadas à execução de obras feitas sob a responsabilidade do órgão.

A PF também prendeu funcionários e donos de empreiteiras contratadas, que, conforme as investigações, faziam parte do suposto esquema.

A ação contou com a participação de 200 policiais federais e a ajuda de 32 servidores da (CGU).

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