Ações da TAM disparam 27% na Bovespa após vazamento de fusão

15/08/2010 08:48

As ações da companhia aérea TAM dispararam no pregão da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) na sexta-feira, após o vazamento de informações sobre a fusão com a chilena LAN. Apenas na última meia hora de sessão, os papéis subiram 21,30 pontos percentuais. As ações fecharam o dia em alta de 27,64%, a R$ 36,20.

Ao longo de todo o dia, as ações da empresa registraram queda. Por volta das 16h, porém, quando as notícias sobre o negócio começaram a ser divulgadas, a tendência de desvalorização começou a ser revertida.

Às 16h20, os papéis passaram a subir e, às 16h52, quando a TAM divulgou comunicado ao mercado no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), já valorizavam-se em 6,34%, valendo R$ 30,16. A partir daí, dispararam até o fim da sessão, quando fecharam em alta de 27,64%.

A maior companhia aérea do Brasil anunciou nesta sexta que assinou memorando de entendimentos para se unir à chilena LAN, dando origem a um grupo batizado de Latam Airlines.

“O grupo formado por meio da operacão oferecerá serviços de transporte aéreo de passageiros para mais de 115 destinos em 23 países e serviços de transporte aéreo de carga para toda a America Latina e para o mundo, contando com mais de 40 mil funcionários”, afirmou a TAM em nota enviada à CVM.

O acordo estabelece que a TAM fará uma oferta pública de permuta para fechar capital. Por meio da OPA, os atuais acionistas da TAM receberão, no final do processo, 0,9 ação da LAN por cada uma que detém da TAM. A empresa brasileira deixará de ser listada nas Bolsas de Valores de São Paulo e Nova York.

A LAN, enquanto isso, continuará a ter papéis negociados nas Bolsas de Santiago e de Nova York, e também BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na Bovespa.

De acordo com o comunicado da empresa, a relação de troca das ações da TAM por ações em forma de BDRs da LAN será igual para o acionista controlador da TAM e para os outros acionistas que não fazem parte do grupo de controle, “de forma a garantir o tratamento igualitário dos acionistas.”

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