Mato-grossense é maior memorizador do país

18/09/2010 08:02

Um mato-grossense de 25 anos tem o crânio com a maior capacidade de memorização do país. Não que a cabeça do arenapolitano Carlos Figueiredo Gomes tenha tamanho exagerado, mas suas técnicas de memorização de informações desenvolvidas em dez anos já o renderam duas menções este ano no livro dos recordes nacional (RankBrasil) e, segundo ele, o farão um dos representantes brasileiros numa competição internacional em 2011 – ainda sem local e data definidos.

Dentre as façanhas, Carlos diz ser capaz de memorizar todas as capitais do mundo em menos de um dia, já que consegue proezas ainda mais difíceis, como guardar 600 dígitos alfanuméricos em uma hora. No RankBrasil, foi diplomado pelos recordes de 94,5% de acertos na memorização de referências bíblicas e 93% de acertos por memorizar direções (setas como norte, sul, leste e oeste são elementos abstratos considerados dos piores desafios em termos de memorização).

Além disso, Carlos diz ser capaz de ensinar outras pessoas a memorizar, a fim de ajudá-las em diversas atividades cotidianas. Um médico, por exemplo, poderia reter na mente os nomes de todos os ossos do corpo humano. Um concurseiro lembraria de fórmulas e informações pertinentes para as provas. O eleitor, por sua vez, poderia guardar os nomes de todos os deputados na Câmara em Brasília, embora isso talvez não fosse de grande utilidade.

Desafiador, Carlos propôs à reportagem que escrevesse numa folha de caderno nomes aleatórios de objetos. Foram escritos 36 nomes de itens, todos devidamente enumerados. Depois de ouvir e ler os nomes, Carlos conseguiu repetir todos sem olhar para o papel – tanto na ordem crescente quanto decrescente. Depois, ainda respondeu com sucesso a perguntas aleatórias como “qual é o objeto número 5?” ou “o objeto ‘mesa’ corresponde a que número?”.

Para chegar a este ponto, Carlos conta que começou a se interessar por técnicas de memorização lendo livros de filosofia e descobriu que o conhecimento necessário para desenvolver a memória humana já era trabalhado por filósofos como Sócrates. “Aí, pensei: por que um conhecimento desse continua escondido a sete chaves de três a cada cem pessoas sendo que vem de mais de dois mil anos?”.

Por isso, Carlos largou o curso de Direito para se dedicar somente à memorização, em competições e dando aulas. Com dois vídeos no Youtube ensinando as técnicas para números e direções, a nova empreitada de Carlos agora é começar a oferecer acesso à memorização de alto nível para concurseiros, em especial. Para quem se interessar, em breve haverá informações sobre cursos no site www.memorizemais.com.br

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