21/10/2010 08:48
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), vai trocar de 8 a 10 secretários da administração na próxima segunda-feira. Com 16 secretarias, essa mudança de secretários representa quase 70% de alteração no staff municipal. Empresário, Galindo disse ontem que quer transformar a prefeitura “na maior empresa de Mato Grosso”.
A declaração foi dada ontem, durante a cerimônia de posse do presidente da Câmara, vereador Deucimar Silva (PP), que assumiu a prefeitura por quatro dias por causa de uma viagem internacional do chefe do Executivo.
Para essa transformação na prefeitura, Galindo disse que vai nomear pessoas de fora do meio político, com perfis mais técnicos. Ele disse, porém, que a maioria dos atuais contratados deve permanecer na prefeitura, em outros cargos.
Ele negou a possibilidade do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) assumir a Sanecap. “Não discutimos isso, até porque eu já represento a continuidade de Wilson na prefeitura, apesar de que ele seria uma excelente presidente para o órgão”.
A primeira alteração já começou ontem, com o vereador Paulo Borges (PSDB) assumindo a secretaria de Infraestrutura, uma das mais problemáticas da administração, no lugar de Euclides dos Santos.
Galindo pretende revitalizar a prefeitura, dar uma nova cara, para tentar concorrer à reeleição em 2014. Depois da eleição deste ano muitos nomes saíram credenciados para a disputa, por isso ele quer mostrar serviço e resolver os principais gargalos da cidade.
Deixando as diferenças eleitorais de lado, Galindo foi buscar ajuda em território adversário, pelo menos até a eleição que passou: o governo do Estado. Na campanha, o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e o governador Silval Barbosa (PMDB) eram concorrentes nas urnas.
Passada a eleição, Galindo está procurando costurar um bom relacionamento com Silval. Já realizou duas reuniões institucionais com ele e agora viajou para a Bolívia com o governador para tentar ajudar também a resolver o problema do gás natural em Mato Grosso.
Galindo quer fazer parceria com o governo do Estado para a realização de dois programas. O primeiro, a longo prazo, é o “Poeira Zero”, que prevê o asfaltamento de todos os bairros de Cuiabá. Para isso, o governo do Estado entraria com R$ 100 milhões, a prefeitura com R$ 100 milhões, conseguidos através de empréstimo na Caixa com prazo de pagamento de 20 anos, e o governo federal com mais R$ 100 milhões.
O prefeito conta que teve reuniões com o senador Gim Argelo (DEM), relator do orçamento no Congresso.
O outro projeto está com espera de início de trabalho no ano que vem: é o de recapeamento e tapa-buraco nas ruas de Cuiabá. Como a prefeitura está sem orçamento, o governo do Estado daria R$ 12 milhões para a compra de massa asfáltica e a prefeitura entraria com a mão-de-obra.