Pietro foi o mais votado na Defensoria

13/11/2010 12:55

A Defensoria Pública de Mato Grosso elegeu ontem a lista tríplice que vai definir defensor-geral do Estado. O atual corregedor do órgão, André Pietro, foi o mais votado, seguido por Djalma Sabo Mendes, que tentava a reeleição, e por fim, Edson Jair Weschter. A lista segue agora para o governador Silval Babosa (PMDB), que escolhe o novo chefe da Defensoria.

Apesar de a lista conter três nomes, o governador só deverá escolher entre dois candidatos. Edson Weschter anunciou que só aceitaria a nomeação do governador caso ficasse em primeiro lugar. “Por uma questão democrática, eu só aceitaria o cargo se o fosse o escolhido pela classe”, explicou ontem.

No total, cinco candidatos concorreram ao cargo. Além dos três, também participaram da disputa José Carlos Evangelista e Valdenir Luiz Pereira. A apuração dos votos foi conferida por todos os candidatos e muitos defensores no gabinete no defensor-geral. O deputado federal Valtenir Pereira (PSB), irmão de Valdenir, acompanhou todo o processo. Valtenir também é defensor público e está afastado da função para cumprir o mandato parlamentar.

Dos 147 defensores, 142 votaram. Como seria escolhida uma lista tríplice, cada um pode votar em até três nomes. André Pietro somou 84 votos, Djalma Sabo Mendes 76, Edson Weschter 53, José Carlos Evangelista 50 e Valdenir Pereira, 30.

Foi a primeira vez que a eleição teve mais de dois concorrentes. No último pleito, quando Djalma foi eleito, ele concorreu com a defensora Karol Rotine, que obteve a maioria dos votos. Mesmo assim, o então governador Blairo Maggi (PR) escolheu Djalma Mendes.

Agora com a eleição da lista tríplice, começa uma nova etapa da eleição. Conforme André Pietro, há o entendimento de que o governador vai escolher o candidato mais votado, atendendo a vontade da classe. Ele fez sua campanha apoiada no tripé de propostas de melhoria da infraestrutura, tecnologia da informação e política remuneratória. Pietro disse que não vai tentar manter diálogo com o governador a fim de que ele seja o indicado.

O atual defensor-geral disse que o processo eleitoral foi tranquilo em relação à eleição anterior, em que o processo foi tumultuado por uma série de denúncias contra a então defensora-geral e que no final resultou em sua indicação pelo governador, em detrimento de Rotine, que foi a mais votada.

Ele disse que sua candidatura foi um processo natural, decorrente do seu trabalho. Djalma defendeu sua eleição mostrando o trabalho realizado nos dois anos de mandato, com atenção especial à interiorização da Defensoria. Das 79 comarcas de Mato Grosso, a defensoria está presente em 75 delas. Antes mesmo do concurso público para novos defensores, ele conta que conseguiu implantar a Defensoria nas cidades de Vera, Pedra Preta, Cotriguaçu, Colniza e Paranaíta.

A comissão eleitoral tem até o dia 30 deste mês para encaminhar a lista e o governador Silval Barbosa tem um prazo de 15 dias para anunciar o escolhido. Com mandato de dois anos, a posse está prevista para o dia 2 de janeiro.

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