Guerra interna do PT dificulta fechamento do secretariado de Silval

19/12/2010 12:50

 

O governador Silval Barbosa passou o sábado, reunido com partidos e lideranças políticas para a definição de nomes para compor o seu Governo. O anuncio oficial deverá acontecer nesta segunda-feira, dia 20. Praticamente, fechou a maioria dos integrantes do primeiro escalão. Só não fechou praticamente todo por conta de uma “guerra santa” do Partido dos Trabalhadores entre os grupos do deputado federal Carlos Abicalil, derrotado ao Senado, e da senadora Serys Slhessarenko, diplomada primeira suplente à Câmara Federal.

Até aqui estão definidos: Eder Moraes, na Casa Civil; Edmilson José dos Santos, na Secretaria de Fazenda; Osmar de Carvalho, na Comunicação Social; Alexander Maia, na Secretaria de Meio Ambiente; Pedro Nadaf, na Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia; João Malheiros, na Cultura; Diógenes Curado, na Secretaria de Segurança Pública; Roseli Barbosa, na Secretaria de Ação Social; e Nilton Brito,  no Transportes e Vías Urbanas.

Silval também finalizou entendimentos com José Domingos Fraga Filho, para a Secretaria de Agricultura Familiar; Tete Bezerra,  na Secretaria de Turismo; Chico Daltro, que retorna a Secretaria de  Ciência e Tecnologia; José Alves Pereira Filho, mantido na Auditoria Geral; Pedro Henry na Saúde;  coronel PM Antonio Monteiro de Moraes,  na Casa Militar; Cézar Zílio,  na Administração; e Nico Baracat na Cidades.

O governador esta com problemas para resolver a questão envolvendo a Secretaria de Educação.  O Partido dos Trabalhadores ainda não fechou questão em torno de um nome para indicar ao cargo. A princípio, a idéia seria trazer de volta o deputado federal eleito Ságuas Moraes. No entanto, a tese é exorcizada pelos petistas ligados ao candidato derrotado ao Senado, Carlos Abicalil. Motivo: a volta de Saguas abriria a possibilidade de Serys assumir como deputada federal – o que desagrada o grupo.

Nesse caso, Silval aceitaria que Carlos Abicalil assumisse o cargo. O “manda-chuva” do PT em Mato Grosso, no entanto, quer seguir em Brasília e sonha com um emprego  na Secretaria Executiva de Educação ou Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

 Outro problema é a Secretaria de Planejamento. É quase certo que haverá um remanejamento na Agencia Executora da Copa, a Agecopa, com o economista Yenes Magalhães na Presidencia e Arnaldo Alves na diretoria de Planejamento. Com isso, Levi Machado, antigo militante do PMDB, assumiria a pasta de Planejamento.

Essa manobra permitiria arrefecer um pouco mais os ânimos dentro do PMDB, cujos líderes não escondem insatisfação com os privilégios concedidos pelo governador ao Partido da Republica, liderado pelo ex-governador e atual senador eleito Blairo Maggi. O PR abocanhou sete secretarias.

A ultima secretaria a ter uma definição será a de Esportes e Lazer. O nome mais cotado é o do veredor Deucimar Silva, do Partido Progressista, que disputou a eleição a deputado estadual e perdeu. A pasta também é reivindicada pelo Partido dos Trabalhadores.