17/01/2011 09:43
Segundo as últimas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a fatia brasileira no volume total será de 32%, ainda abaixo da americana (44,2%) mas com uma vantagem maior sobre a argentina (12,8%). Em 2009/10, os EUA lideraram os embarques mundiais com participação de 44%, seguidos por Brasil (30,8%) e Argentina (14,1%).
Nas contas do USDA, as exportações brasileiras vão totalizar 31,4 milhões de toneladas em 2010/11, ante 28,6 milhões no ciclo anterior. A CONAB prevê 31,3 milhões de toneladas, ante 29,3 milhões em 2009/10. Para a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), serão 31 milhões de toneladas, ante 29,4 milhões na temporada passada.
Conforme a Abiove, a única das três fontes citadas que tem uma estimativa para a receita com os embarques, as vendas desse volume do grão ao exterior renderão US$ 13,6 bilhões, acima dos US$ 11,2 bilhões do ciclo anterior.
Como o fenômeno La Niña tem sido ameno no Brasil e rigoroso nos polos graneleiros da Argentina, é possível que a “transferência” de embarques ainda aumente. Na quinta-feira, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires trouxe novas estimativas preocupantes para o país. Segundo a bolsa, a colheita argentina de soja será de 47 milhões de toneladas em 2010/11, quase 15% menos do que em 2009/10.
As cotações do grão registraram leve alta na bolsa de Chicago, e os contratos para março fecharam a US$ 14,16 por bushel. Na quarta-feira, os preços dispararam com as previsões do USDA de retração dos estoques nos EUA.