Médico diz que Amazonas tem dez casos de dengue 4

19/01/2011 12:11

O virologista do Instituto Evandro Chagas, Pedro Fernando Costa Vasconcelos, 53, disse que há “uns dez casos confirmados em Manaus” de dengue tipo 4. Até a semana passada, as autoridades da área de saúde do Amazonas só haviam confirmado um caso, na zona leste da cidade.
Vasconcelos é pesquisador do Instituto Evandro Chagas há quase 30 anos, é médico virologista, doutor em epidemiologia clínica e pós-doutor em virologia molecular, integrante do comitê da Organização Mundial de Saúde (OMS) que analisa a criação de novas vacinas em todo o mundo e coordenador do Laboratório de Virologia do IEC.
O Instituto Evandro Chagas analisa material de dengue de grande parte do Brasil, principalmente, segundo Pedro Vasconcelos, dos Estados onde não se faz isolamento viral, nem provas moleculares, dando prioridade às áreas onde há suspeita de circulação da dengue 4 e que possa ser nova área com transmissão desse vírus.
“Hoje, temos já confirmados em Roraima, primeiro local, desde final de junho de 2010, mais de 40 casos. No Amazonas, uns dez casos confirmados em Manaus, e agora aqui no Pará, não podemos dizer exatamente o número de casos, mas já há um confirmado de Santarém Novo e outro suspeito de Abaetetuba”, disse o virologista.
O virologista alerta para a possibilidade de uma grande epidemia da doença no País, a partir do carnaval, quando há grande fluxo turístico nas capitais brasileiras. Apesar do perigo iminente, o pesquisador esclarece que o tipo 4 da dengue não é mais grave que os outros e também estima que até 2016 a vacina para dengue deverá ser distribuída em todo o mundo.
Ao ser questionado sobre se há uma explicação para a incidência na Região Norte, ele disse: “O que se sabe é que a região representa mais de 50% do território nacional e há grande parte de fronteira, desde o Amapá até Rondônia, em uma área quase desabitada. A passagem de pessoas quase não tem controle de um país para o outro. Se sabe que tem dengue 4 nas Guianas, na Venezuela, Colômbia, Equador e Peru. Roraima sempre foi uma área de maior risco porque lá há uma estrada que liga Boa Vista a Caracas. Esta área tem um trânsito constante de carros entre os dois países”.
Sobre o tratamento, ele considera que deve ser “exatamente, tudo igual”. “A única diferença é a suscetibilidade das pessoas do Brasil a esse sorotipo. Como este vírus não circulava no Brasil desde 1982, quando teve a primeira vez em Boa Vista (RR), a possibilidade de voltar a doença indica que pode ocorrer epidemia com grande número de casos. As pessoas não têm proteção, anticorpos contra esse vírus. Diferente dos outros sorotipos, em que já houve sucessivas epidemias, temos diferenças, anticorpos que protegem contra reinfecções pelo mesmo vírus. Quem já teve dengue 3, por exemplo, poderá se infectar, mas por outro vírus da dengue”.
Vasconcelos chama a atenção apara a responsabilidade de todos no combate à dengue. Diz que existem dois tipos de criadouros, um classificado de doméstico e outro fora do domicílio. Ele critica a falta de fiscalização, principalmente em relação aos pneus e diz que, com 25 anos de campanha no Brasil, não acredita que alguém ainda possa dizer que não sabe como proceder para impedir a proliferação do mosquito.

O virologista do Instituto Evandro Chagas, Pedro Fernando Costa Vasconcelos, 53, disse, em entrevista ao jornal Diário do Pará, que há “uns dez casos confirmados em Manaus” de dengue tipo 4. Até a semana passada, as autoridades da área de saúde do Amazonas só haviam confirmado um caso, na zona leste da cidade.
Vasconcelos é pesquisador do Instituto Evandro Chagas há quase 30 anos, é médico virologista, doutor em epidemiologia clínica e pós-doutor em virologia molecular, integrante do comitê da Organização Mundial de Saúde (OMS) que analisa a criação de novas vacinas em todo o mundo e coordenador do Laboratório de Virologia do IEC.
O Instituto Evandro Chagas analisa material de dengue de grande parte do Brasil, principalmente, segundo Pedro Vasconcelos, dos Estados onde não se faz isolamento viral, nem provas moleculares, dando prioridade às áreas onde há suspeita de circulação da dengue 4 e que possa ser nova área com transmissão desse vírus.
“Hoje, temos já confirmados em Roraima, primeiro local, desde final de junho de 2010, mais de 40 casos. No Amazonas, uns dez casos confirmados em Manaus, e agora aqui no Pará, não podemos dizer exatamente o número de casos, mas já há um confirmado de Santarém Novo e outro suspeito de Abaetetuba”, disse o virologista.
O virologista alerta para a possibilidade de uma grande epidemia da doença no País, a partir do carnaval, quando há grande fluxo turístico nas capitais brasileiras. Apesar do perigo iminente, o pesquisador esclarece que o tipo 4 da dengue não é mais grave que os outros e também estima que até 2016 a vacina para dengue deverá ser distribuída em todo o mundo.
Ao ser questionado sobre se há uma explicação para a incidência na Região Norte, ele disse: “O que se sabe é que a região representa mais de 50% do território nacional e há grande parte de fronteira, desde o Amapá até Rondônia, em uma área quase desabitada. A passagem de pessoas quase não tem controle de um país para o outro. Se sabe que tem dengue 4 nas Guianas, na Venezuela, Colômbia, Equador e Peru. Roraima sempre foi uma área de maior risco porque lá há uma estrada que liga Boa Vista a Caracas. Esta área tem um trânsito constante de carros entre os dois países”.
Sobre o tratamento, ele considera que deve ser “exatamente, tudo igual”. “A única diferença é a suscetibilidade das pessoas do Brasil a esse sorotipo. Como este vírus não circulava no Brasil desde 1982, quando teve a primeira vez em Boa Vista (RR), a possibilidade de voltar a doença indica que pode ocorrer epidemia com grande número de casos. As pessoas não têm proteção, anticorpos contra esse vírus. Diferente dos outros sorotipos, em que já houve sucessivas epidemias, temos diferenças, anticorpos que protegem contra reinfecções pelo mesmo vírus. Quem já teve dengue 3, por exemplo, poderá se infectar, mas por outro vírus da dengue”.
Vasconcelos chama a atenção apara a responsabilidade de todos no combate à dengue. Diz que existem dois tipos de criadouros, um classificado de doméstico e outro fora do domicílio. Ele critica a falta de fiscalização, principalmente em relação aos pneus e diz que, com 25 anos de campanha no Brasil, não acredita que alguém ainda possa dizer que não sabe como proceder para impedir a proliferação do mosquito.

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