31/01/2011 15:27
Pelo segundo ano consecutivo, o governo terá que usar recursos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) para cumprir a meta de superavit primário (economia do governo para pagar os juros da dívida).
No ano passado, a economia do governo foi de R$ 101,7 bilhões, ou 2,78% do PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, a soma de riquezas do país), que inclui o governo central, Estados e municípios.
A meta deste ano era de 3,1%. Como o resultado não foi alcançado, o governo terá que abater os gastos com o PAC para chegar à meta, como fez em 2009.
O superavit primário do mês de dezembro foi de R$ 10,9 bilhões, o melhor resultado para o mês desde o início da série, em 2001. O resultado de novembro foi de R$ 4,16 bilhões, enquanto o de dezembro de 2009 foi de R$ 156 milhões.
Após o pagamento dos juros, o superávit ficou negativo em R$ 93,7 bilhões, ou 2,56% do PIB, valor inferior na comparação com o resultado de 2009.
A dívida do setor público ficou em R$ 1,475 trilhão, ou 40,4% do PIB . De acordo com o BC, a valorização cambial (aumento do valor do dólar perante o real) contribuiu para o aumento do resultado em dezembro na comparação com novembro. No ano, a queda foi de 2,4 pontos porcentuais.
Entenda a conta
O resultado nominal das contas do governo é o resultado da diferença entre o que o governo arrecadou e o que gastou, incluindo o que usou para pagar os juros da dívida.
Na sexta-feira (29), o governo anunciou o resultado das contas do governo central, sem os Estados e municípios (esse resultado inclui Tesouro, INSS e pelo Banco Central).
Para o governo central a economia para pagar os juros da dívida ficou em R$ 79 bilhões para 2010, o equivalente a 2,16% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma de toda a riqueza produzida no país), e acima da meta para o governo central, de 2,15% do PIB.