Energia renovável pode atender 95% da demanda em 2050, diz WWF

04/02/2011 11:41

Até lá, a demanda energética total poderá ser 15 por cento inferior à de 2005, graças a medidas ambiciosas de economia de energia, apesar da previsão de aumento para a população, a produção industrial e o transporte de cargas e passageiros.

Atualmente, mais de 80 por cento da energia global vem de combustíveis fósseis, mas o relatório diz que a energia nuclear, os combustíveis fósseis e a biomassa poderão ser praticamente abandonados nas próximas quatro décadas.

Para isso, será preciso reduzir em pelo menos 60 por cento os gastos com calefação de edifícios, por meio da melhora na eficiência energética e do uso de energia solar e calor geotérmico.

O relatório defende também a modernização das instalações elétricas, a adoção de redes ´inteligentes´ e a prioridade do transporte elétrico em escala global. Incentivos financeiros – como tarifas diferenciadas para a energia renovável – também teriam um papel importante nisso.

Outras recomendações do relatório é que o consumo per capita de carne caia à metade até 2050 nos países industrializados, e aumente em um quarto nas nações em desenvolvimento. A população deveria ser estimulada a andar de bicicleta, caminhar e usar o transporte público, e a substituir aviões por trens.

O texto estima que até 2050, mantidas as atuais condições, a melhora da eficiência energética e a redução dos custos dos combustíveis permitirão uma economia anual de 4 trilhões de euros (5,59 bilhões de dólares).

Por outro lado, serão necessários mais investimentos para aumentar a geração de energia renovável, modernizar os sistemas e melhorar a eficiência energética. Num prazo de 25 anos, tal investimento deveria passar de 1 trilhão de euros por ano para 3,5 trilhões. Por volta de 2040, tais gastos começariam a se pagar, com a economia superando os custos.

Outro relatório, divulgado nesta semana pela Accenture e pela Barclays Capital, dizia que a Europa precisará investir 2,9 trilhões de euros, ou 25 por cento do seu PIB, ao longo dos próximos dez anos para atender à sua demanda por energias com pouca emissão de carbono.

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