11/02/2011 09:33
Produtores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste só poderão entregar produção em laticínios e cooperativas se o leite seguir os novos limites de quantidade de bactérias toleradas. A norma estabelece critérios mais rigorosos também na refrigeração e transporte. Nordeste e Norte terão mais um ano para adequar-se à medida.
A exigência poderá expor um cenário ainda mais “escuso” da venda de leite, tendo em vista que 33% do leite produzido no Brasil não é inspecionado. Entre as exigências, o maior desafio é a CBT (contagem bacteriana total), que serve como pista sobre o grau de higiene do lugar onde a vaca foi ordenhada.
Mudança
No começo, a instrução exigiu CBT máximo de 1 milhão. Atualmente, o limite é 750 mil. A partir de julho, cairá significativamente, para até 100 mil, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.Também será mais rígido o controle de células somáticas, que podem revelar doenças nas glândulas mamárias da vaca, além de teores de gordura e resquícios de antibióticos e produtos químicos no leite. Se a quantidade de bactérias for excessiva, o laticínio orienta o produtor a se adaptar. Em última instância, ele pode até ser descredenciado da cooperativa e a indústria se negar a coletar seu leite.