25/02/2011 11:14
A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou, nesta sexta-feira (25), a variação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) referente ao mês de fevereiro (medido entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês atual). O índice, que é o principal balizador para o reajuste de aluguéis, já acumula variação de 11,30% em 12 meses.
No segundo mês do ano, a inflação é de 1%, maior que a apurada em janeiro, quando o índice variou 0,79%. No acumulado do ano, a inflação soma 1,80%.
Em fevereiro, o IPA (Índice de Preços por Atacado) registrou aceleração, passando de 0,76% para 1,20%. O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) também apresentou inflação mais intensa, de 0,39%, contra 0,37% da última medição.
A categoria de mão-de-obra ficou em 0,12% na apuração atual, enquanto o índice que capta o custo de materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,65%.
Altas e baixas
No que diz respeito ao IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que também integra o IGP-M, este apresentou inflação menor no período estudado, ficando em 0,67%, contra 1,08% um mês antes.
A principal contribuição para o resultado do índice veio do grupo Alimentação (1,47% para 0,24%), com impacto dos itens frutas (1,87% para -1,41%), carnes bovinas (-0,58% para -2,91%) e hortaliças e legumes (9,35% para 6,42%).
Os grupos Educação, Leitura e Recreação (2,75% para 1,63%), Vestuário (0,35% para -0,55%), Transportes (1,94% para 1,82%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,33%) também desaceleraram, contribuindo para o resultado do índice.
Por outro lado, Despesas Diversas (0,95% para 1,57%) e Habitação (0,22% para 0,51%) registraram movimento contrário no segundo mês do ano.
IGP-M
O cálculo do IGP-M é composto pelo IPA, IPC e INCC. Os indicadores medem itens como bens de consumo (alimentos) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção), além dos preços de aluguéis, condomínios, transportes, dentre outros.
O IGP-M mede os níveis de inflação para toda a população, envolvendo todos os níveis de renda. Esse índice é utilizado para reajustes de contratos de aluguel, tarifas públicas e planos de saúde (no caso dos contratos mais antigos).