Pai confessa molestar filha de 5 anos

15/03/2011 08:40

O vendedor Joumir Dutra Cruz, de 38 anos, que confessou ter abusado sexualmente da própria filha de cinco anos de idade, foi preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável. O fato ocorreu anteontem à noite no bairro João Bosco Pinheiro, na região do Grande CPA, em Cuiabá. A ação foi descoberta pelo sobrinho do acusado, que viu pai e filha pelados assistindo a um filme pornográfico em DVD. O menino avisou alguns vizinhos, que se encarregaram de ligar para a Polícia Militar.

A mãe da menina, informada do flagrante, não acreditou que a filha tinha sido molestada pelo próprio pai, embora a menina tivesse confirmado. Ela estava muito nervosa e não queria acreditar no fato. Também foi levada também para a delegacia.

No entendimento dos policiais, a mãe estava tão convicta de que o pai não abusou sexualmente da filha que acabou levantando suspeitas. Os PMs acreditavam que a mãe fosse conivente com o marido, mas as suspeitas não se concretizaram e ela foi liberada.

No Plantão Metropolitano, o vendedor não só confirmou o abuso da filha aos policiais plantonistas, como contou detalhes. Ele relatou que colocou o filme pornô no DVD e ficou pelado e também tirou as roupas da filha. Em seguida, os dois foram para o quarto e se deitou por cima da menina. Ele tocou nas partes íntimas dela obrigando-a a fazer o mesmo com ele. A criança apresentava alguns hematomas nos braços.

“Ele falou com riqueza de detalhes (em relação ao abuso sexual), que nos deixou impressionados. Pior que fazer isso com uma criança é que se trata da filha dele. É algo perturbador”, observou um policial plantonista. Os agentes prisionais tiveram que colocá-lo em outra cela para que não fosse agredido por demais presos.

Os policiais lembraram que a tendência nos crimes sexuais é a negação de autoria por parte dos acusados, principalmente pais e padrastos que alegam ser “fantasia” das crianças ou adolescentes. “Dificilmente algum acusado admite (o abuso sexual)”, explicou um policial.

O término das investigações ficará a cargo da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente da Capital, onde a delegada Liliana Murata irá ouvir novamente a menina. Policiais plantonistas informaram que a vítima receberá acompanhamento psicológico, pois tende ficar traumatizada.

Tags: