19/03/2011 11:49
Enquanto o S&P 500 (índice da Bolsa de Nova York com as 500 maiores empresas norte-americanas) caiu 1,8% desde a última sexta-feira, o índice da Bloomberg New Energy Finance, que congrega cem empresas de energia renovável, acumulou alta de 5,1%.
“O efeito será positivo e vai durar. Programas nucleares dos países serão questionados e haverá menos disposição para pôr a reputação em risco. As ações vão voltar a subir nos próximos anos”, diz Ted Franks, analista sênior do WHEB, um dos maiores fundos “verdes” de investimento do Reino Unido.
De Alemanha e Itália a Suíça e Finlândia, a Europa tem questionado a energia de fonte nuclear. A chanceler alemã, Ângela Merkel, por exemplo, anunciou o fechamento temporário das sete usinas do país e enfatizou a necessidade de “atingir a era da energia renovável o mais rápido possível”.
O ano passado foi ruim para o setor no mercado acionário, principalmente devido à superoferta de equipamentos, enquanto a Europa amargava crise. Mas, desde o fim do ano, o índice da Bloomberg vem subindo na direção do patamar de 2009 -ainda menor que o pré-crise, quando foi a US$ 450. Ontem, fechou em US$ 221.
“A demanda voltou a crescer, e quem tinha superoferta já procura mercados novos, como os emergentes”, afirma Gabriela Oliveira, da Bloomberg New Energy Finance.