Menopausa: má alimentação aumenta risco de anemia

30/03/2011 08:41

Novo estudo mostra que a má alimentação está associada a maiores riscos de anemia entre mulheres na pós-menopausa.

Pesquisadores analisaram dados de 72.833 mulheres na pós-menopausa nos Estados Unidos, constatando que deficiências de mais de um tipo de nutriente estavam associadas a um aumento de 21% nos riscos de anemia persistente. A deficiência de três nutrientes aumentou tais riscos em 44%.

O estudo revelou que as mulheres anêmicas ingeriam menos proteínas, folato, vitamina B12, ferro, vitamina C e carne vermelha. Os resultados foram publicados na edição de abril do Journal of the American Dietetic Association.

O consumo inadequado de nutrientes foi menos frequente entre as mulheres de raça branca – 7,4%, comparados a 14,6% nas asiáticas, 15,2% nas de origem indígena, 15,3% nas de raça negra e 16,3 nas de origem hispânica.

Os pesquisadores também constataram que o uso de suplementos minerais e multi-vitamínicos não está associado a índices mais baixos de anemia. Idade, índice de massa corporal e tabagismo são fatores associados à doença.

“A anemia vem sendo relacionada a um maior risco de morte e a deficiência de ferro já foi associada à redução da capacidade funcional e à inatividade física, condições que levam a quedas e hospitalizações e que fazem desta uma importante causa de preocupação com a saúde com o avançar da idade”, disse Cynthia A. Thomson, professora de ciências nutricionais da Universidade do Arizona, que liderou a pesquisa.

A equipe de pesquisa conclui que são necessários mais esforços para identificar a anemia possivelmente receptiva a fatores modificantes, como a alimentação, para que a saúde seja melhorada.

“Devemos considerar a importância da avaliação regular das mulheres na pós-menopausa em relação à anemia, identificando os alimentos ingeridos para determinar a quantidade adequada de nutrientes associados à anemia – como o ferro, a vitamina B12 e o folato”, concluiu.

“Embora o tipo de anemia seja frequentemente determinado por uma avaliação bioquímica mais abrangente do que o exame de dosagem da hemoglobina, o foco clínico também deve estar no tratamento nutricional para melhorar o consumo geral de nutrientes e a qualidade da alimentação”, disseram Thompson e seus colegas.

Fonte: Midia News

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