Luz para Todos atende 6 milhões no Nordeste

28/04/2011 10:08

Das 13,6 milhões de pessoas em todo o Brasil atendidas pelo programa Luz para Todos, a região Nordeste se destaca como a que mais executou ligações, atingindo a marca de 1,3 milhão de famílias atendidas, ou seja, 6,7 milhões de nordestinos com energia elétrica em suas casas. Os dados foram divulgados  no site do Ministério de Minas e Energia.

Até o momento, os investimentos contratados na região pelo governo federal chegam a R$ 6,1 bilhões para a realização das obras do programa. O restante dos investimentos, aproximadamente de R$ 2,7 bilhões, tem participação das concessionárias de energia elétrica e dos governos estaduais. O Luz para Todos é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, operacionalizado pela Eletrobras e desenvolvido em parceria com os governos estaduais, as concessionárias de energia elétrica e as cooperativas de eletrificação rural.

Dos recursos liberados pela União para as obras em andamento na região Nordeste, quatro bilhões foram a fundo perdido. A utilização de recursos públicos subvencionados pelo governo visa diminuir o valor de possíveis aumentos para os consumidores.

Além do benefício direto do acesso gratuito à energia elétrica, o Ministério de Minas e Energia, em pesquisa de avaliação do impacto do programa realizada em âmbito nacional, identificou benefícios indiretos, entre eles, a movimentação da economia fora do ciclo de obras de construção de redes elétricas. Os dados apontados pela pesquisa indicam que 79,3% dos entrevistados adquiriram televisores e 73,3% passaram a ter geladeiras. Sem falar nas que compraram liquidificadores, ventiladores, bomba d’ água etc. Cerca de 5% das famílias afirmaram que voltaram ao campo depois da chegada da energia. Isso significa que 130,7 mil famílias saíram dos grandes centros retornando ao meio rural.

No estado da Bahia, por exemplo, no povoado de Lage, município de Sento Sé, a energia elétrica na localidade permitiu aos moradores realizar um sonho antigo, a construção de uma fábrica de doces. A moradora Janilde dos Santos explica o trabalho que era fazer doce de umbu artesanalmente antes da energia: “A gente passava o dia inteiro peneirando a fruta para tirar a polpa. À noite, nossos braços doíam muito. Agora, o despolpador elétrico faz essa tarefa pesada”.

Com a chegada da energia, as doceiras também passaram a usar forno elétrico e caldeira, além de poderem triturar na forrageira os caroços e restos das frutas. “Aproveitamos tudo, nada mais é jogado fora”, disse Janilde.

Hoje em dia a fábrica produz, durante o período de colheita, mais de 3 mil kg de doces de umbu e iniciou ainda a produção de doce de banana. O empreendimento emprega 18 profissionais da comunidade.
Como pedir

O morador do meio rural que não possui energia elétrica em casa e não fez seu pedido ainda, deve procurar o escritório ou representante da concessionária que atende a sua região e solicitar a instalação da luz. A prioridade das obras é definida pelo Comitê Gestor Estadual e o cronograma, pela concessionária de energia elétrica.

por Portal Brasil

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