Brasileiros brilham e GSP mantém cinturão no UFC 129

01/05/2011 10:18

Nocaute cinematográfico de Lyoto Machida, estreia de José Aldo, aposentadoria de Randy Couture e o maior público da história da organização, com 55 mil pessoas. Se o UFC 129 de sábado à noite, em Toronto (Canadá) não pode ser considerado histórico, pelo menos teve elementos que o credenciaram como um dos melhores e mais emocionantes dos últimos tempos.
Na terceira luta do card principal, Machida e Couture travaram batalha nos meio-pesados (até 93 kg). Após breve momentos de estudo, o brasileiro usou com eficiência o padrão de fintar e esgrimir com socos para evitar o ponto forte de quedas e ground and pound (ataques com o adversário caído) do experiente norte-americano. Melhor nas trocas de golpes, o carateca baiano/paraense foi para o segundo assalto com ligeira vantagem.
Na etapa seguinte, Lyoto voltou mais incisivo: aplicou plástico chute frontal com salto e acertou em cheio o queixo de Couture, que chegou a perder um dente. Nocaute técnico decretado e recuperação do brasileiro atestada após duas derrotas consecutivas.
Após o combate, Machida repetiu o discurso de Anderson Silva na edição 126 (fevereiro), e deu crédito do golpe cinematográfico para o ator/lutador Steven Seagal “Meu pai (mestre Yoshizo Machida) e Mr. Seagal me ensinaram este golpe. Voltei a vencer, estou mais que satisfeito”, disse Lyoto, emocionado.
José Aldo e Mark Hominick protagonizaram outro desafio extremamente movimentado nos penas (até 66 kg). Nos primeiros assaltos, Aldo conseguiu impor o estilo demolidor em pé, com combinações socos, lowkicks e esquivas apuradas. Mas logo o manauara optou insistentemente em levar a luta para o solo, onde trabalhou fortes socos e cotoveladas que bagunçavam o rosto do canadense.
No quarto assalto, Hominick equiparou ações com bons socos, mas novamente foi levado ao chão. Aldo acertou fortes golpes que causaram um dos hematomas mais bizarros da história do MMA na testa do oponente. Mesmo com o ‘caroço’ gigantesco, a luta continuou. O atleta local mostrou raça sobrehumana e aproveitou o cansaço do brasileiro para cair por cima e atacar sem parar no quinto assalto. Mesmo assim, não foi suficiente para tirar o cinturão de Aldo, que levou a melhor e manteve o título da categoria na decisão unânime dos juízes.
Burocrático
– No prato principal da noite, o ídolo local Georges St.Pierre, campeão dos meio-médios (até 77 kg), fez combate morno contra o desafiante norte-americano Jake Shields. Durante cinco rounds, os lutadores se limitaram a trocas de golpes sem tanta contundência.
Shields demorou para encurtar a distância e levar para o solo (sua principal característica). Muito estratégico – mas longe de empolgante – GSP (como o canadense é conhecido) foi eficiente nos jabs e acertou ótimo chute no rosto do adversário, que se recuperou. Shields teve o melhor momento quando acertou um direto que raspou e inchou o olho de St. Pierre. No fim, vitória de Georges por pontos e manutenção do cinturão sem tanto brilho. “O machucado (no olho) realmente atrapalhou. Só enxergo embaçado. Preciso ver o que aconteceu”, disse o vencedor.
Sobre a possibilidade cada vez mais ventilada de enfrentar Anderson The Spider Silva na superluta mais esperada pelos fãs e cúpula do Ultimate, GSP minimizou novamente. “Haveria muita coisa em jogo, é preciso pensar com calma. Ainda não é o momento de pensar nisso, mas quem sabe”.

Fonte: Yahoo

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