04/05/2011 11:59
A alta dos preços internacionais do petróleo rebateram na indústria brasileira neste ano e forçou para cima os preços de, ao menos, três setores: o de refino de petróleo (alta de 1,99% em março), outros produtos químicos (1,41%) e borracha e plástico (1,20%), segundo o IBGE.
Todos tiveram variação superior ao IPP (Índice de Preços ao Produtor), que subiu 0,39% em março.
Esses são os ramos nos quais a influência do petróleo é mais clara e direta, pois são setores que usam a commodity como matéria-prima ou insumo básico à produção. No caso do refino, a Petrobras não mudou ainda seus preços de gasolina e diesel, mas reajusta mensalmente os preços de outros produtos, como o querosene de aviação e a nafta petroquímica.
Já na outra ponta, a queda dos preços industriais dos alimentos (-0,59%) foi ditada principalmente pelo recuo das cotações das commodities agrícolas, de acordo com Cristiano Santos, técnico do IBGE. Importantes produtos como derivados de soja, açúcar e carnes –esta última na esteira da retração dos preços das rações.
Apesar da deflação nas duas últimas divulgações do IPP –em fevereiro, a queda havia sido de 0,50%–, os alimentos lideram a inflação industrial acumulada em 12 meses, com alta de 16,75%. Em 12 meses, o IPP soma alta de 6,80%.
Fonte:Correio do Estado