20/05/2011 17:05
Em busca da meta de universalização do atendimento escolar, mas com respeito à diversidade e as especificidades do público, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) promove o Curso de Formação para Intérpretes na Língua Brasileira de Sinais/Libras, destinado ao atendimento de 50 interessados na atuação como tradutores de Libras para a rede pública de ensino.
Vinte vagas foram disponibilizadas para Cuiabá e Várzea Grande. As demais foram divididas e destinadas ao atendimento dos municípios de Arenápolis, Araputanga, Barra do Garças, Alta Floresta, dentre outros.
Em razão da dificuldade em encontrar profissionais devidamente habilitados e que possuam a certificação por meio do Atesto, processo avaliativo que viabiliza a certificação ao profissional que pleiteia uma vaga de intérprete educacional nas escolas públicas de Mato Grosso, a Seduc oportunizou o atendimento as pessoas que já se submeteram a avaliação, mas que não obtiveram êxito no processo. O exame, realizado em duas fases: escrita e de apresentação, é realizado no Centro de Apoio e Suporte a Inclusão da Educação Especial (Casies).
Ao término do Curso de Formação, as 50 pessoas serão submetidas uma banca examinadora que irá aprová-los ou não para o desenvolvimento do trabalho na rede pública. “Essa é a primeira oferta de uma formação nesses moldes porque há grande preocupação na formação desses profissionais para o atendimento”, explica a professora Luzinete Almeida Campos da Silveira, que atua na Gerência de Educação Especial da Seduc. “Os aprovados serão chamados, de acordo com a demanda apresentada pelas escolas”.
A inclusão escolar de alunos surdos não depende apenas de acessibilidade do espaço físico ou adequação dos recursos pedagógicos e por isso a necessidade do emprego de uma linguagem acessível. O profissional que faz a mediação entre a língua de sinais e a língua portuguesa é o intérprete de língua de sinais. Atualmente Mato Grosso possui 87 profissionais contratados trabalhando.
“Já desenvolvo um trabalho voluntário em uma comunidade religiosa da cidade onde moro, Barra do Garças, mas tenho como ideal desenvolver um trabalho junto às escolas. Eu fiz a prova para a certificação, mas o nervosismo não me ajudou nem um pouco. A oportunidade de receber a qualificação, sem custo algum, é excelente. Tenho ótimas perspectivas. O processo é dinâmico e muito motivador”. A avaliação é de André Luiz Barbosa, 17 anos.
O processo formativo, com carga horária total de 60 horas, é ministrado pela mestre em Educação e intérprete educacional, Patrícia Túxi. O evento acontece no Hotel Palace Mato Grosso, em Cuiabá, até o final de semana.
Dados da Gerência de Educação Especial apontam que são mais de 11 mil os estudantes matriculados na rede pública que possuem algum tipo de deficiência, sendo que 700 deles possuem algum tipo de deficiência auditiva.
fonte: Seduc