31/05/2011 08:14
Duas pragas que mais atacam as lavouras de soja são a lagarta e o percevejo. Para controlar o problema, é preciso que o produtor esteja atento desde a fase de plantio da cultura. O controle fitossanitário da cultura da soja foi um dos temas abordado no evento Apresentação de Resultados de Pesquisa da Safra 2011/2012, realizado nos município de Naviraí, no dia 10, Dourados, no dia 12, Maracaju, dia 17, Brilhante, dia 19, e Sidrolândia, dia 25, todos no estado do Mato Grosso do Sul. Segundo Ricardo Barros, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação MS, hoje, no Mato Grosso do Sul, especificamente para a cultura da soja, têm ocorrido alguns problemas de pragas durante a safra.
Chamamos de pragas chave ou doenças chave, que ocorrem durante todos os anos em quantidade suficiente para determinar o controle desses problemas. Nessa última safra 2010/2011, tivemos problemas com lagartas, como a falsa medideira e a lagarta da maçã. Outro grupo de praga que tem ocorrido com bastante freqüência em níveis populacionais muito elevados são os percevejos — afirma o engenheiro.
Dentro do grupo dos percevejos, ele diz que o percevejo marrom da soja é a principal praga que exige o manejo fitossanitário. Já em relação à prevenção, ele explica que existem três grupos químicos utilizados, que são os organofosforados, os neonicotinóides e os piretróides.
É fundamental que o produtor faça, desde o início da cultura da soja, o monitoramento da lavoura e avaliação da população de percevejos e lagartas para determinar o momento da entrada das aplicações. Já durante o ciclo da cultura, podemos utilizar esses produtos para fazer o manejo, principalmente pensando em percevejo — conta.
Barros orienta o produtor a utilizar os produtos mais seletivos na fase inicial da cultura, deixando os produtos menos seletivos para a fase final. Ele fala ainda que, algumas vezes, é necessário realizar misturas entre os grupos químicos, pois a utilização isolada deles pode não ser eficiente.
No caso do ataque de percevejo, dependendo da fase de cultura da soja, um manejo ruim pode ocasionar até 100% de perda. No início da formação das vagens, se ocorrer alta infestação do percevejo marrom, ele pode até inviabilizar a colheita de um determinado talhão — afirma.
O pesquisador diz ainda que o talhão tem sofrido mais ataque da praga e exigido maior número de aplicações de defensivos em função da migração dessa praga, que é característico em talhões plantados tardiamente ou que pertencem a variedades mais tardias. Ele explica que o percevejo consegue se multiplicar mais no final de safra, além de passar para refúgios na entre safra e infestar as lavouras de soja no ano seguinte.
O monitoramento é feito através da observação de plantas individuais e do método do plano de batida a partir do momento que a cultura já esteja fechando as entrelinhas. No caso do percevejo, é importante que o produtor distribua pontos de amostragem no talhão e concentre 70% desses pontos de amostragem na bordadura. Já para lagartas, é melhor distribuir mais os pontos de amostragem no talhão porque é uma praga que, geralmente, realiza ataques generalizados na área — orienta.
Ainda de acordo com Barros, observa-se que o custo dos defensivos agrícolas tem diminuído ao longo dos anos. Mas, para ele, o problema é que tem aumentado o número de entradas na lavoura para fazer o controle. Portanto, esse custo pode variar entre R$250 e R$300 por hectare.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Fundação MS através do número (67) 3454-2631
fonte: Portal do Agronegocio