24/06/2011 18:42
Mato Grosso trabalha para alcançar a meta de toda criança plenamente alfabetizada até os 08 anos. Em busca desse objetivo tem feito investimentos maciços nas áreas pedagógicas e de tecnologia possibilitando o fortalecimento das ações em 544 unidades de ensino do Estado que ofertam o 1º Ciclo de Formação Humana (atendem a estudantes compreendidos na faixa etária de 06 a 08 anos).
O Sistema Integrado de Gestão de Aprendizagem (Siga), a figura do professor articulador, as ações de acompanhamento desenvolvidas pelos professores formadores alfabetizadores dos 15 Cefapros instalados em Mato Grosso, as Orientações Curriculares, integram a estrutura empregada para fortalecer o processo e, cada vez mais, otimizar a oferta educacional em busca da meta.
Cada um dos cerca de 30 mil estudantes matriculados no 1º Ciclo de Formação Humana da rede estadual possui uma ficha discricionária de acompanhamento. Nela, são inseridas as informações quanto ao desenvolvimento de cada aluno.
‘Nesse sistema são descritas ainda as capacidades possíveis para que o professor trabalhe, desenvolva com os alunos. Essas capacidades foram pensadas para consolidar as ações para alfabetização”, explica a gerente de Educação Fundamental, Criseida Rowena Zambonatto de Lima, da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT). São consideradas capacidades a compreensão e valorização da cultura escrita, a oralidade, a produção da escrita, a produção da leitura, número e operações, espaços e formas, grandezas e medidas e tratamento da informação.
Na prática, o Siga é uma ferramenta que tem como objetivo observar, diagnosticar e intervir no processo de ensino-aprendizagem das crianças, que estão na fase de alfabetização
Criseida ratifica ainda que as ações integradas entre diretor, professor regente, professor articulador, coordenação, assessoria pedagógica, professores formadores dos Cepapros e Seduc, fortalecem o processo, dentro de uma construção coletiva.
Em 2010, o Siga foi implantado como projeto piloto nas escolas da cidade de Barra do Garças. A ideia foi aprovada e, só então, expandida aos demais municípios mato-grossenses.
“Os ganhos são grandes. O próprio sistema aponta, por meio dos eixos, quais são as fragilidades apontadas pelos professores e as maneiras que podemos realizar as intervenções”, avalia a diretora Dirce Maria Rodrigues, da Escola Estadual Severiano Neves, da cidade de São Félix do Araguaia. Para atender aos mais de 300 estudantes do 1º Ciclo e fortalecer as ações de alfabetização, a unidade disponibiliza uma ‘Sala de Leitura’. Livros, almofadas, puff, desenhos, jogos pedagógicos compõem o ambiente. ‘As ações são trabalhadas de maneira integrada. No horário do intervalo também disponibilizamos a Sala e a procura é muito grande’. No total, a unidade atende a 700 estudantes dos três Ciclos de Formação Humana.
A professora formadora da alfabetização e letramento do Cefapro de Tangará da Serra, Neuza Lenir Felipowitz, explica que no polo em que atua mensalmente são realizadas reuniões com os coordenadores pedagógicos e assessores. Há ainda o acompanhamento da agenda de planejamento das unidades escolares. “Fazemos um acompanhamento, mas não como agente fiscalizador, mas com olhar pedagógico, sempre no intento de otimizar o processo. Nós articulamos as ações, ajudamos no processo de organização e sistematização. Ofertamos suporte por meio da Sala do Educador. Estamos diante de um processo de construção coletiva”, sintetiza. Neuza é uma das 37 professoras formadoras da alfabetização dos Cefapros.
Fonte: Secom/ MT