27/06/2011 08:05
A possibilidade de a rede hoteleira de Cuiabá e Várzea Grande não suportar o volume de turistas esperados na Copa do Mundo de 2014 pode ser apenas especulação. Dados da Associação Brasileira de Indústrias de Hotéis de Mato Grosso (ABIH-MT) apontam que a Grande Cuiabá possui 109 hotéis, divididos em 4.472 apartamentos e 10.914 leitos.
Em Cuiabá, está grande parte da rede, com 70 hotéis, 3.261 apartamentos e 7.920 leitos. Para 2014, estão previstas 14 novas obras de construção ou ampliação de hotéis, o que significará a construção de mais 1.409 apartamentos e 3.644 leitos.
Em Várzea Grande, está prevista a construção ou ampliação de dois hotéis, totalizando 39 estabelecimentos, com 1.211 apartamentos e 2.994 leitos.
De acordo com levantamento do Ministério do Esporte, são esperados no Brasil 600 mil turistas internacionais, que terão um impacto econômico de R$ 3,9 bilhões. De turistas nacionais, o Ministério espera que 3 milhões participem do evento, o que significará a movimentação – incluindo hotéis, passeios e jogos – de R$ 5,5 bilhões.
Em Mato Grosso, ainda não há dados oficiais e específicos da expectativa de turistas esperados. Porém, para o presidente da ABIH, Luiz Verdun, não se pode pensar em investimentos da rede hoteleira apenas para o Mundial.
“Hoje, há pelo menos oito novos projetos tramitando na Prefeitura de Cuiabá, visando à construção de novos hotéis. Além dos que já estão em fase final, o número seria suficiente para suprir a demanda”, afirmou.
Segundo Verdun, superlotações na rede hoteleira na Grande Cuiabá são previstas quando há eventos ocorrendo concomitantemente; e, para tal, seria necessário que o Estado criasse um calendário anual.
“É preciso adequar uma agenda anual para Cuiabá. Dessa forma, grandes eventos ou, até mesmo, concursos públicos, por exemplo, não se chocariam e não causariam, consequentemente, falta de leitos”, disse.
Exemplo da África
Outra solução prevista para suportar turistas seria a qualificação de moradores de Cuiabá e Várzea Grande para hospedar turistas durante a Copa do Mundo de 2014.
A estratégia foi utilizada em algumas cidades africanas que sediaram jogos do Mundial de 2010 e deve auxiliar a Capital de Mato Grosso a comportar a demanda.
O diretor de Assuntos Estratégicos da Agência Executora de Obras da Copa do Pantanal (Agecopa), Yuri Bastos, já afirmou, em outras ocasiões, que a medida seria excelente.
Quanto aos números de leitos em hotéis, o diretor observou que a prioridade é para pessoas da Fifa e da imprensa de outras localidades.
fonte: Midia News