Consumo de proteínas previne doenças no bebê

17/07/2011 12:29

O bom estado de saúde da mulher está diretamente relacionado ao desenvolvimento do bebê. Por isso, é importante manter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes que, além de essenciais à gestação, são poderosos aliados à prevenção de doenças da futura mamãe.

Assim como o ácido fólico presente nas hortaliças reduz as chances de malformação do bebê, existem outros nutrientes que contribuem para o seu desenvolvimento, como as proteínas de origem animal ou vegetal.

Mesmo sem a necessidade de aumentar o consumo do nutriente na gestação, as futuras mamães devem estar atentas às principais fontes de proteína, já que ela atua na formação dos tecidos do bebê, até mesmo após o parto, por meio do aleitamento materno.

“Quanto mais variado o cardápio, melhor para a saúde da gestante e do bebê. Além da proteína vegetal, também é necessário ingerir a de origem animal, pois ela contém mais ferro, elemento muito importante para o desenvolvimento do embrião e para que a gestante não tenha anemia na gestação nem durante o aleitamento”, explica Lucila Pires Evangelista, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein.

As principais fontes de proteína são ovos, queijos, grãos – como ervilha, lentilha, feijão e grão de bico – e, é claro, as carnes vermelhas e brancas, com destaque para os peixes, que contêm ômega3. O ácido graxo é famoso por promover diversos benefícios à saúde e também por contribuir com o desenvolvimento do feto. “O ômega 3 acelera o desenvolvimento cognitivo do bebê”, ressalta Lucila.

Do nascimento à maturidade

O consumo de proteína durante a gravidez também ajuda a evitar alguns problemas futuros, conforme revela uma pesquisa do Centro Biomédico da Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ), realizada com roedores. Ela comprova que, na gestação, uma dieta carente de proteínas prejudica a formação de determinados órgãos dos filhotes, como o pâncreas, nas duas gerações subsequentes.

“Os filhotes dessas mães e seus netos nascem com um número consideravelmente menor de células betas pancreáticas em relação aos filhotes de mães alimentadas com um nível adequado de proteínas”, explica o professor e médico Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda, coordenador da pesquisa, em entrevista para a Faperj.

Ainda de acordo com o estudo, a produção reduzida de insulina faz com que o organismo passe a ter dificuldade de processar a glicose, que acaba se acumulando no sangue e provocando a diabetes. Essas alterações na formação das células betas pancreáticas trazem complicações para o resto da vida do recém-nascido.

“Quando o indivíduo é jovem, mesmo que tenha menos células beta do que o normal, ele ainda consegue manter o equilíbrio dos níveis de glicose no sangue. Com o avanço da idade, no entanto, elas vão morrendo naturalmente. O  corpo passa a não responder ao excesso de glicose e o indivíduo adulto pode apresentar diabetes tipo 2 invariavelmente mais cedo, e não apenas na terceira idade”, esclarece Mandarim-de-Lacerda.

fonte: Terra

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