15/08/2011 10:12
O líder líbio, Muammar Khadafi, apelou ao povo para libertar o país «dos traidores e da NATO», numa altura em que os rebeldes estão cada vez mais perto de Trípoli.
De acordo com a agência Reuters, apesar do regime negar qualquer tipo de negociação com os rebeldes, alguns elementos do governo estarão a realizar reuniões secretas num hotel na Tunísia com opositores de Khadafi, para tentar terminar com o estado de guerra civil em que o país se encontra mergulhado há meio ano.
Este sábado, os rebeldes tomaram Zawiyah. O controlo da cidade costeira, situada a 50 quilómetros a Oeste da capital, permite o corte de abastecimentos de comida e combustíveis provenientes da Tunísia rumo a Trípoli.
A Reuters dá conta que pessoas que deixaram a capital rumo ao sul relatam já a existência de combates em Harsha, que se situa entre Trípoli e Zawiyah.
Na capital, com o cerco cada vez mais apertado por parte dos rebeldes, a pressão está a dificultar a vida da população.
«Não há gasolina, não há electricidade, os preços da comida aumentaram 300 por cento. Não podemos viver mais assim», disse à agência um homem que deixou Trípoli, pedindo para não ser identificado.
Esta segunda-feira, a televisão pública líbia difundiu uma mensagem áudio de Khadafi, em que o ditador garante que irá permanecer no poder e fez um apelo à população. «Avancem, desafiem, peguem nas vossas armas, vão para a luta da libertação da Líbia, palmo a palmo, dos traidores e da NATO», disse.
Na mensagem, que a televisão garantiu ser uma chamada telefónica em directo, Khadafi garantiu que os seus homens não temem a morte. «O sangue dos mártires é combustível para o campo de batalha
Fonte:TVI24